Por Makini Brice
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu nesta quinta-feira em seu pedido para armar professores após o massacre a tiros em uma escola da Flórida na semana passada, dizendo que a medida se limitaria àqueles com treinamento militar ou especial, mas que "solucionaria o problema instantaneamente".
A ideia já provocou enorme polêmica em um país no qual existe uma grande discórdia sobre como conter os massacres e a violência cotidiana envolvendo armas de fogo.
Trump, republicano que apoia o direito às armas, aventou a hipótese de armar professores na quarta-feira, durante uma reunião emotiva de uma hora com alunos que sobreviveram ao ataque à escola de ensino médio na Flórida e um dos pais de uma criança que morreu.
"Professores/instrutores altamente treinados, adeptos das armas, solucionariam o problema instantaneamente, antes de a polícia chegar. Grande impedimento!", escreveu Trump em uma série de postagens no Twitter no início desta quinta-feira.
Dezessete alunos e funcionários foram mortos a tiros na escola Marjory Stoneman Douglas, de Parkland, na Flórida, o segundo maior massacre a tiros em uma escola pública dos EUA.
Nikolas Cruz, ex-aluno de 19 anos, foi acusado do assassinato em massa. As autoridades dizem que ele estava armado com um fuzil semiautomático estilo AR-15.
Também na quarta-feira, Trump disse que tornará a verificação de antecedentes de compradores de armas mais rigorosa e que cogita aumentar a idade mínima para a compra de alguns tipos de arma.
Na reunião, ele opinou que "se você tivesse um professor... que fosse adepto das armas, ele poderia muito bem acabar com o ataque muito rápido".