(Reuters) - O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que, se for eleito novamente, vai transferir recursos de agências federais de segurança e enviar milhares de soldados baseados no exterior para a fronteira entre os Estados Unidos e o México.
Falando a seus apoiadores em Iowa, onde acontecerá em janeiro a primeira disputa pela nomeação do Partido Republicano para as eleições presidenciais de novembro de 2024, Trump também prometeu expandir a proibição de viagens que barrava a entrada de pessoas de vários países com populações majoritariamente muçulmanas durante seu governo, entre 2017 e 2021.
Classificando o recorde de travessias ilegais na fronteira entre os EUA e o México sob o governo do presidente Joe Biden de "invasão", Trump procurou atribuir a culpa pelo problema à atual administração. Biden, do Partido Democrata, está concorrendo à reeleição e pode ter pela frente uma revanche eleitoral contra Trump, o favorito entre os republicanos.
"Após a minha posse, encerrarei imediatamente todas as políticas de fronteiras abertas do governo Biden", disse Trump num comício em Dubuque. "Deixarei claro que devemos usar todo e qualquer recurso necessário para impedir a invasão, incluindo a movimentação de milhares de soldados atualmente estacionados no exterior."
Trump forneceu poucos detalhes e não ficou claro se ele enfrentaria quaisquer obstáculos legais para implementar as medidas.
O governo Biden defendeu suas políticas de controle de fronteiras, dizendo que está usando as ferramentas disponíveis, ao mesmo tempo que apela ao Congresso para aprovar leis para consertar um sistema falido. A maioria das pessoas que procuram cruzar a fronteira sul dos EUA vem de países da América Central.
(Reportagem de Nathan Layne em Wilton, Connecticut e Ted Hesson em Washington)