WASHINGTON (Reuters) - O presidente norte-americano, Donald Trump, disse nesta terça-feira que não vai impor novamente a política de separação entre crianças e membros da família que cruzaram ilegalmente a fronteira dos EUA com o México, um dia após a mídia reportar que seu governo estava pensando em revivê-la.
"Não estamos querendo fazer isso... Mas isso traz muito mais pessoas para a fronteira. Quando você não faz isso, traz muito mais pessoas para a fronteira", disse Trump a repórteres antes de uma reunião com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, acrescentando uma série de críticas à política de imigração dos EUA e ao Congresso.
A ex-secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kirstjen Nielsen, antes de deixar o cargo supervisionou a política de "tolerância zero" que levou às separações, o que acarretou desafios legais e protestos públicos que acabaram por forçar a reversão da medida.
Trump desligou Nielsen do cargo no domingo, após um desentendimento entre eles acerca da melhor maneira de lidar com a segurança nas fronteiras. A Casa Branca planeja afastar mais líderes do Departamento de Segurança Interna, disse uma autoridade familiarizada com o assunto.
Outra política de Trump realizada para desencorajar a imigração na fronteira sul, enviando alguns requerentes de asilo para aguardar seus casos no México, foi revogada por um juiz na segunda-feira.
Trump defendeu políticas de imigração mais duras como parte principal de sua campanha eleitoral em 2016 e durante os mais de dois anos desde que ocupa a Casa Branca.