DAVOS, Suíça (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que quer se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, em breve para garantir o fim da guerra com a Ucrânia e expressou o desejo de trabalhar para reduzir as armas nucleares.
No período que antecedeu sua vitória eleitoral em 5 de novembro, Trump declarou várias vezes que teria um acordo entre a Ucrânia e a Rússia em seu primeiro dia no cargo, se não antes. Seus assessores agora admitem que a guerra levará meses para ser resolvida.
"Eu realmente gostaria de poder me reunir com o presidente Putin em breve para acabar com essa guerra", disse Trump, que retornou à Casa Branca na segunda-feira, ao Fórum Econômico Mundial em Davos por meio de um link de vídeo.
"E isso não é do ponto de vista econômico ou de qualquer outra coisa. É do ponto de vista de que milhões de vidas estão sendo desperdiçadas... É uma carnificina. E nós realmente temos que parar essa guerra."
Trump também disse que os esforços dos EUA para garantir um acordo de paz estavam em andamento, mas não deu detalhes. A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.
No início desta semana, Trump ameaçou impor "altos níveis" de sanções à Rússia e tarifas sobre as importações de lá se Moscou não chegar a um acordo.
Trump também disse ao público nesta quinta-feira que quer trabalhar para reduzir as armas nucleares, acrescentando que acha que a Rússia e a China poderiam apoiar a redução de suas próprias capacidades do armamento.
"Gostaríamos de ver a desnuclearização... e vou lhe dizer que o presidente Putin gostou muito da ideia de reduzir as armas nucleares. E eu acho que o resto do mundo, nós teríamos feito com que eles seguissem o exemplo, e a China também teria vindo", disse Trump.
Putin tem ameaçado usar armas nucleares em sua guerra contra a Ucrânia. Putin vem modernizando suas forças nucleares e rejeitou as negociações com Washington para substituir o Novo START, o último pacto de limitação de armas entre os EUA e a Rússia, quando ele expirar em 5 de fevereiro de 2026.
(Reportagem de David Ljunggren)