O presidente dos EUA, Joe Biden, e o ex-líder do país Donald Trump venceram as primárias de seus partidos (Democrata e Republicano, respectivamente) nos Estados de Ohio, Illinois, Kansas e Arizona. O republicano ganhou também na Flórida, onde apenas sua legenda realizou votação –os democratas cancelaram o pleito e todos os delegados do Estado foram automaticamente atribuídos a Biden. As informações são da agência AP (Associated Press).
A eleição presidencial nos EUA está marcada para 5 de novembro. Biden e Trump devem reeditar a disputa pela Casa Branca nas eleições de 2024. Há 4 anos, o democrata derrotou o republicano em uma disputa que se arrastou até a certificação do resultado, quando extremistas invadiram o Congresso.
Até a data da eleição, tanto Biden quanto Trump ainda precisam ser confirmados por seus partidos como candidatos à Presidência. É uma mera formalidade. Ambos já conquistaram o número de delegados suficiente para vencer as prévias partidárias.
A Super Tuesday (Super 3ª, na tradução livre), em 5 de março, foi a confirmação de que o democrata e o republicano não teriam dificuldades nas corridas partidárias. Foi o dia com o maior número de delegados em jogo nas prévias eleitorais.
Biden, como atual presidente, já tinha a predisposição da sigla e dos eleitores para buscar a reeleição. É uma tradição. Já Trump despontou como favorito por construir uma fiel base de eleitores do Maga (sigla em inglês para “Make America Great Again”, slogan usado em sua campanha e que significa, em português, “Torne a América Grande Novamente”).
Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul e principal adversária de Trump, deixou a corrida republicana depois da Super Tuesday.
Entenda as eleições nos EUA
Nos EUA, antes do pleito oficial, os Estados realizam prévias eleitorais –primárias ou caucus. O objetivo é escolher, dentre os pré-candidatos dos partidos, aquele que representará a legenda no pleito, marcado para 5 de novembro.
Nas prévias, cada Estado organiza sua primária com regras próprias. São 2 modelos. O tradicional, com voto em cédulas, que pode ser aberto, fechado ou livre. Com apenas filiados ou não. Já o caucus é uma reunião do partido. Os eleitores reúnem-se em um espaço para decidir quem será o candidato.
Nos Estados Unidos, o vencedor das eleições não é o candidato com mais votos populares, mas quem conquista a maioria dos delegados de cada Estado. Esses são distribuídos para o candidato mais votado. Nas prévias a lógica é diferente. Os delegados votam proporcionalmente ao número de votos.
A principal data das prévias será em 5 de março, quando eleitores de 16 Estados e 1 território votarão. A data é conhecida como Super Tuesday (Super 3ª feira, em tradução livre). Os territórios de Guam e Ilhas Virgens encerrarão as prévias em 8 de junho.
Voto não obrigatório
Nos EUA, ninguém é obrigado por lei a votar em qualquer eleição local, estadual ou presidencial. Segundo a Constituição, votar é um direito, mas não é um requisito.
Colégio Eleitoral
O presidente e o vice-presidente dos EUA são eleitos indiretamente pelo Colégio Eleitoral. Cada Estado tem o mesmo número de delegados que cadeiras no Congresso (Câmara dos Deputados e Senado). São 538 delegados.
Após votar para presidente, o voto é contabilizado ao nível estadual. Em 48 estados e em Washington, D.C. o vencedor recebe todos os votos eleitorais daquele Estado. Maine e Nebraska atribuem seus eleitores usando um sistema proporcional.
Um candidato precisa do voto de pelo menos 270 delegados –mais da metade do total– para vencer a eleição presidencial.
Geralmente, um vencedor projetado é anunciado na noite da eleição em novembro. No entanto, a votação oficial do Colégio Eleitoral é realizada em meados de dezembro, quando os delegados se encontram.
A diplomação do resultado será em 6 de janeiro de 2025. A posse, em 20 de janeiro.