(Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu uma reprimenda do mundo do golfe profissional, com as associações PGA of America e R&A anunciando que não usarão mais dois campos de propriedade de Trump após a invasão do Capitólio norte-americano por seus apoiadores.
Trump instigou milhares de apoiadores a marcharem sobre o Capitólio na última quarta-feira, enquanto o Congresso se reunia para certificar a derrota do republicano para Joe Biden na eleição presidencial de novembro. Houve cenas de caos após multidões invadirem o prédio e obrigarem parlamentares a deixarem ambas as Casas do Legislativo.
Cinco pessoas, incluindo um policial, morreram em decorrência do tumulto.
A PGA of America disse na noite de domingo que estava removendo o Trump National Golf Club, em Bedminster, no Estado de Nova Jersey, do circuito PGA 2022, um dos quatro maiores eventos do calendário anual do esporte, após uma votação de seu conselho de diretores.
"Ficou claro que a realização do PGA Championship no Trump Bedminster seria prejudicial à marca PGA of America", afirmou o presidente da associação, Jim Richerson, em um vídeo em que anunciou a decisão.
A entidade que comanda o golfe mundial, a R&A, seguiu o caminho na segunda-feira, dizendo que não realizará campeonatos no campo de golfe de Turnberry, também de propriedade de Trump, em um futuro próximo.
"Não retornaremos até que estejamos convencidos de que o foco estará no campeonato, nos jogadores, e no campo em si, e não acreditamos que isso é possível nas atuais circunstâncias", afirmou o CEO da R&A, Martin Slumbers, em nota.
(Reportagem de Frank Pingue, em Toronto; Rory Carroll, em Los Angeles; e Simon Jennings, em Bengaluru)