Por Steve Holland e Ernest Scheyder
LITITZ, Pensilvânia/CHESTER, Pensilvânia (Reuters) - Com oito dias para a eleição nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump atendeu nesta segunda-feira comícios animados na Pensilvânia, enquanto o rival democrata fez uma aparição discreta no Estado considerado crucial para as chances de vitória de ambos os candidatos.
"Vencemos a Pensilvânia, ganhamos tudo", disse o republicano a apoiadores em Allentown --a primeira de três paradas no Estado-- ao prever a vitória lá, apesar de estar atrás de Biden em muitas pesquisas de opinião.
Biden foi à cidade de Chester, próxima da Filadélfia, reunindo-se com cerca de uma dúzia de voluntários da campanha e falando com repórteres. Biden se mostrou cauteloso sobre a eleição e disse que "com a graça de Deus" conquistará a Pensilvânia, o Estado onde nasceu.
"Acho que vamos vencer em Michigan, acho que vamos vencer em Wisconsin. Acho que vamos vencer em Minnesota. Acho que temos uma chance de lutar em Ohio. Acho que temos uma chance de lutar na Carolina do Norte. Temos uma chance de lutar na Geórgia", acrescentou Biden, referindo-se a outras batalhas eleitorais cruciais.
Biden também intensificou suas críticas ao tratamento de Trump à pandemia do coronavírus, que vitimou cerca de 225 mil norte-americanos, dizendo: "O resultado final é que Donald Trump é o pior presidente possível, a pior pessoa possível para nos conduzir através desta pandemia."
Mais de 60 milhões de norte-americanos já votaram antes do dia oficial de votação, em 3 de novembro, o que representa um número recorde que pode levar à maior participação eleitoral nos EUA em termos percentuais em mais de um século.
O surto de casos de coronavírus em muitas regiões do país tem dominado a campanha, junto com a notícia de um surto da Covid-19 na equipe do vice-presidente Mike Pence. Pence, que deve chegar a Minnesota, testou negativo para o coronavírus nesta segunda-feira, informou seu gabinete, depois que vários auxiliares testaram positivo no fim de semana.
Apesar da sólida liderança de Biden nas pesquisas nacionais, a disputa parece mais acirrada nos Estados indecisos mais importantes para a disputa, que podem decidir o resultado. Uma pesquisa Reuters/Ipsos realizada de 20 a 26 de outubro dá a Biden uma pequena vantagem sobre Trump na Pensilvânia.
Estado onde os eleitores podem mudar para qualquer um dos dois partidos, a Pensilvânia tem sido fortemente cortejada com visitas frequentes de ambos os candidatos.
Trump disse a repórteres que espera ganhar a Pensilvânia por uma margem maior do que a que obteve ao derrotar a democrata Hillary Clinton em 2016.
Dirigindo-se aos apoiadores, Trump abordou o que chamou de questão "existencial" para a Pensilvânia, o comentário de Biden durante o debate presidencial da semana passada de que, se eleito, "faria a transição" dos Estados Unidos para longe do petróleo e do gás natural.
"O plano de Biden é uma sentença de morte econômica para o setor de energia da Pensilvânia", disse.