NOVA YORK (Reuters) - Um tribunal de apelações do Estado de Nova York rejeitou nesta quinta-feira uma tentativa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de refutar uma ação civil de difamação apresentada por uma ex-participante do programa de televisão "O Aprendiz" ou de adiá-la para quando deixar a Casa Branca.
Em uma votação de 3 a 2 a favor de Summer Zervos, a Divisão de Apelações de Manhattan disse que a Cláusula de Supremacia da Constituição não priva cortes estaduais da autoridade de decidir casos que envolvem constituições estaduais, ainda que envolvam presidentes no exercício do cargo.
Apesar de ela dar a entender que ele incorpora o poder executivo e tem responsabilidades significativas, "o presidente ainda é uma pessoa, e não está acima da lei", argumentou a corte.
Os juízes que votaram contra disseram que o processo iria interferir com o trabalho de Trump como presidente, e deveria aguardar até que ele deixe o cargo.
O advogado de Trump Marc Kasowitz disse que o presidente recorrerá à mais alta corte do Estado, "que esperamos que concordará com a discordância".
Advogados de Summer esperam poder questionar Trump sob juramento se ele a difamou chamando-a de mentirosa depois que ela o acusou de má conduta sexual.
A advogada de Summer, Mariann Wang, disse em um comunicado: "Ansiamos em provar a um júri que a senhorita Zervos disse a verdade sobre as apalpadas sexuais indesejadas do réu e em responsabilizá-lo por suas mentiras mal-intencionadas".
(Por Jonathan Stempel em Nova York)