Por David Alexander e Alexandra Alper
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou perguntas de repórteres nesta segunda-feira sobre a relutância de sua equipe em cumprir suas ordens e sobre as chances de procedimentos de impeachment terem sequência no Congresso, dias após o relatório do procurador especial Robert Mueller chamar a atenção para essas questões.
O relatório de 448 páginas de Mueller, que detalhou sua investigação sobre a interferência russa na eleição norte-americana de 2016, revelou que funcionários e colaboradores algumas vezes ignoravam pedidos de Trump para entregar mensagens, incluindo uma para demitir Mueller.
"Ninguém me desobedece", disse Trump, quando questionado se estava preocupado com o fato de suas ordens não serem cumpridas.
De acordo com o relatório, o assessor da Casa Branca Don McGahn estava prestes a se demitir quando Trump o orientou a pedir que o então procurador-geral Rod Rosenstein demitisse Mueller. Depois, Trump negou ter usado a palavra "demitir", de acordo com o relato feito por McGahn a Mueller.
Também perguntado se estava preocupado com a ameaça de impeachment devido a alegações de obstrução de Justiça feitas por alguns democratas, Trump disse, "Nem um pouco".