WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que determinou a seu governo que inicie o processo para eliminar o tratamento especial concedido à Hong Kong em resposta aos planos da China de impor uma nova legislação de segurança para o território.
Trump fez o anúncio em uma entrevista coletiva na Casa Branca, dizendo que a China havia quebrado sua palavra sobre a autonomia de Hong Kong. Ele disse que a ação chinesa contra Hong Kong era uma tragédia para o povo de Hong Kong, a China e o mundo.
"Nós vamos tomar medidas para revogar o tratamento preferencial a Hong Kong", disse ele, acrescentando que os Estados Unidos também irão impor sanções a indivíduos considerados responsáveis por prejudicar a autonomia de Hong Kong.
A medida de Trump procede os planos chineses de impor uma nova legislação de segurança nacional à ex-colônia britânica. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que o território não merece mais o tratamento especial sob a lei dos EUA, que tem permitido que permaneça como um centro financeiro global.
Trump disse que estava ordenando seu governo a iniciar o processo de eliminação de acordos políticos com Hong Kong, desde o tratamento de extradição a controles de exportação.
Ele disse que iria também emitir um decreto nesta sexta-feira para melhor proteger as pesquisas vitais das universidades, suspendendo a entrada de estrangeiros da China identificados como potenciais riscos à segurança.
Fontes, incluindo uma atual autoridade norte-americana, disseram à Reuters na quinta-feira que essa medida, que estava sendo esperada, poderia impactar entre 3.000 a 5.000 estudantes de pós-graduação da China.
(Reportagem de Steve Holland, Jeff Mason e David Brunnstrom)