Por Lizbeth Diaz
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse que debaterá a situação de segurança no país com os Estados Unidos nesta terça-feira, após o presidente norte-americano, Donald Trump, exortar o México a "travar uma guerra" contra os cartéis de drogas, em reação ao assassinato de nove membros de uma família mórmon no norte do México.
As vítimas foram três homens e seis menores de idade da família norte-americana-mexicana, e o presidente do México disse que conversará com Trump sobre uma cooperação possível na segurança, desde que a soberania mexicana seja respeitada -- mas insinuou que não acredita que uma intervenção estrangeira seja necessária.
Os mortos pertenciam à família LeBaron, associada a uma comunidade mórmon dissidente que se estabeleceu nas colinas e planícies do norte do México décadas atrás.
Na manhã desta terça-feira, Trump tuitou que esperará uma ligação de López Obrador, exortando-o a aceitar assistência dos EUA.
"O novo e ótimo presidente do México encara este assunto a sério, mas os cartéis se tornaram tão grandes e poderosos que às vezes você precisa de um exército para derrotar um exército!", escreveu.
"Esta é a hora de o México, com a ajuda dos Estados Unidos, travar uma GUERRA contra os cartéis de drogas e eliminá-los da face da terra".
O México está mobilizando seus militares em uma guerra contra os cartéis desde 2006, mas apesar das prisões ou mortes de traficantes destacados a campanha não conseguiu diminuir a violência associadas às drogas -- na verdade ela levou a mais assassinatos porque os grupos criminosos estão lutando entre si.
O governo registrou mais de 250 mil homicídios nos últimos doze anos, a maioria ligada à guerra às drogas.