Por Roberta Rampton
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer que parlamentares cortem 3,6 trilhões de dólares em gastos do governo durante a próxima década, tendo como alvo um plano orçamental austero divulgado nesta terça-feira relativo a programas de assistência à saúde e alimentos para os pobres, enquanto impulsiona gastos militares.
Republicanos que controlam o Congresso dos EUA vão decidir se farão os sensíveis cortes políticos e a proposta em sua forma atual é pouco provável de ser aprovada.
Embora não seja esperada para sobreviver no Congresso, a proposta coloca números na visão de Trump sobre o tipo de Orçamento busca: um com cortes radicais de assistência do governo para norte-americanos de baixa renda.
Há novos gastos em seu plano para o ano fiscal de 2018, que tem início em outubro.
O Pentágono provavelmente irá receber um aumento de gastos e haverá um pagamento de 1,6 bilhão de dólares para iniciar a construção de um muro ao longo da fronteira com o México, que foi uma promessa central da campanha presidencial de Trump.
Trump busca balancear o Orçamento até o final da década, de acordo com o plano.
A proposta de Trump prevê a venda de metade da reserva de emergência de petróleo dos EUA, criada em 1975 após um embargo de petróleo árabe causar temores de picos de preços. O anúncio surpreendeu mercados do petróleo e brevemente derrubou preços do petróleo dos EUA.
Republicanos estão sob pressão para cumprir cortes de gastos prometidos, o pilar da agenda econômica pró-empresas do governo Trump, que irá cortar a taxa de impostos de negócios para 15 por cento e reduzir as faixas de impostos de pessoa física.
Mas a agenda política tem estagnado à medida que a Casa Branca luta contra uma efeitos de acusações de envolvimento russo na eleição presidencial norte-americana de 2016.
As maiores economias sairia de cortes do programa de assistência de saúde Medicaid para os pobres, feito como parte de um projeto de lei de saúde republicano aprovado pela Câmara dos Deputados.
Trump quer que parlamentares cortem mais de 800 bilhões de dólares do Medicaid e mais de 192 bilhões de vale-refeição.
Mick Mulvaney, diretor do escritório de Orçamentos de Trump, disse que o plano é o primeiro em um longo período de prestar atenção aos contribuintes.
"Sim, você precisa ter compaixão pelas pessoas que estão recebendo os financiamentos federais, mas você também precisa ter compaixão por pessoas que estão pagando-os”, disse a repórteres.
Líderes republicanos na Câmara disseram que parlamentares irão conseguir encontrar uma base comum no plano orçamentário.
A senadora Clair McCaskill, democrata do Estado de Missouri, disse que o plano de Trump irá devastar áreas rurais –com os cortes atingindo diretamente hospitais e casas de repouso– e prejudicar eleitores pobres que apoiaram Trump na eleição presidencial do ano passado.
"Isto é uma mudança radical em termos de como nós iremos olhar o cuidado dos mais vulneráveis em nosso país”, disse.
Trump está buscando mais 52 bilhões de dólares para o Pentágono como parte de um aumento geral dos gastos de defesa de 54 bilhões de dólares. Isto é quase 10 por cento maior do que o teto orçamentário atual, mas somente 3 por cento maior do que o ex-presidente Barack Obama buscou em seu plano orçamentário a longo prazo.
A maior parte dos departamentos do governo terá cortes drásticos, especialmente o Departamento de Estado e a Agência de Proteção Ambiental.
(Reportagem adicional de Susan Heavey, Yasmeen Abutaleb, David Shepardson, Timothy Gardner, Ginger Gibson, Jason Lange, Julia Edwards Ainsley e Mike Stone, em Washington, e PJ Huffstutter, em Chicago)