WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai receber a cúpula de líderes do G7 do ano que vem em seu resort de golfe na Flórida, ação que democratas e outros criticaram como mais uma evidência de que Trump usa o cargo para ganhos pessoais.
O chefe de gabinete da Casa Branca em exercício, Mick Mulvaney, disse que a cúpula do G7 será no resort de golfe Trump National Doral, próximo a Miami, entre 10 e 12 de junho, após o governo escolhê-lo entre cerca de uma dúzia de possíveis locais.
Trump enfrenta críticas e uma série de investigações no Congresso por suas finanças e possíveis conflitos de interesse entre o cargo e seus negócios imobiliários, dos quais ainda é dono. Ele também enfrenta um inquérito de impeachment acusado de usar interesses políticos pessoais nas relações com a Ucrânia.
A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, e outros parlamentares democratas criticaram a escolha.
"A Constituição é clara: o presidente não pode aceitar presentes ou pagamentos de governos estrangeiros. Ninguém está acima da lei", publicou Pelosi no Twitter.
Mulvaney disse a repórteres que Trump não vai lucrar com o uso da propriedade, acrescentando que a utilização de Doral "era milhões de dólares mais barata" que a de outras instalações, o que levaria a "uma economia de cerca de 50%."
(Reportagem de Jeff Mason, reportagem adicional de Lisa Lambert, Susan Cornwell e Richard Cowan)