Por Jonathan Stempel
NOVA YORK (Reuters) - Donald Trump recorreu nesta quinta-feira da decisão de um juiz que recusou sua alegação de que escritora E. Jean Carroll o teria difamado ao acusá-lo de estupro, após um júri conceder a ela 5 milhões de dólares em processos por difamação e abuso sexual, mas não por estupro.
O ex-presidente norte-americano pediu ao tribunal federal de recursos em Manhattan a anulação da decisão de 7 de agosto do juiz distrital Lewis Kaplan, que também rejeitou algumas de suas defesas em um segundo processo de difamação movido por Carroll.
Kaplan disse que o veredito de 9 de maio reflete a conclusão de que Trump "deliberadamente e à força" penetrou a vagina de Carroll com os dedos.
Ele disse que isso equivale a estupro, no sentido de como as pessoas costumam usar o termo, embora a lei estadual o defina de forma mais restrita, estabelecendo a "verdade substancial das acusações de 'estupro' da Sra. Carroll".
Ex-colunista da revista Elle, Carroll, de 79 anos, busca pelo menos 10 milhões de dólares de Trump, de 77, em seu segundo processo.
Os dois casos resultaram das negações de Trump de que ele teria estuprado Carroll no vestiário de uma loja de departamentos Bergdorf Goodman em Manhattan em meados da década de 1990.
Os advogados de Carroll não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
(Reportagem de Jonathan Stempel em Nova York)