Por Makini Brice e Andrew Osborn
WASHINGTON/MOSCOU (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, renovou nesta quinta-feira seus insultos contra o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e também criticou um esforço diplomático chinês por não conseguir controlar o programa de armas de Pyongyang, enquanto a Rússia acusou Washington de fazer provocações.
O comentário afiado de Trump no Twitter, ecoando uma observação feita durante discurso na noite de quarta-feira, vem depois que a Coreia do Norte lançou seu míssil mais avançado nesta semana, fazendo com que Trump se comprometesse a impor sanções mais rígidas em breve.
"O enviado chinês, que acaba de retornar da Coreia do Norte, parece não ter tido nenhum impacto no homenzinho do foguete”, escreveu Trump no Twitter, um dia depois de conversar com o presidente chinês, Xi Jinping, por telefone e de reiterar seu pedido de que Pequim use sua influência contra a Coreia do Norte.
O presidente dos Estados Unidos e o líder norte-coreano têm trocado insultos pessoais nas últimas semanas. Durante discurso em Missouri na noite de quarta-feira, Trump se referiu ao "Homenzinho do foguete... Ele é um cachorrinho doente".
Tensões na península coreana aumentaram novamente depois que a Coreia do Norte disse que havia testado com sucesso um novo míssil balístico intercontinental na quarta-feira, em um "grande avanço" que coloca o território dos EUA dentro do alcance de suas armas nucleares.
Durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU na noite de quarta-feira, os Estados Unidos disseram que a liderança da Coreia do Norte será "totalmente destruída" se acontecer uma guerra.
Nesta quinta-feira, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse, em um de seus comentários mais fortes sobre o assunto até hoje, que a maneira como os Estados Unidos estão lidando com a situação é perigosamente provocativa, mesmo que Moscou também tenha condenado o teste recente da Coreia do Norte.
Lavrov apontou para os exercícios militares conjuntos entre os EUA e a Coreia do Sul planejados para dezembro e acusou os Estados Unidos de tentarem provocar Kim até ele "perder o controle" de seu programa de míssil, para dar a Washington um pretexto para destruir seu país.
Ele também rejeitou categoricamente um pedido dos EUA para cortar laços com Pyongyang devido a seus programas nuclear e de míssil balístico, chamando a política dos Estados Unidos para a Coreia do Norte de profundamente falha.