Por Karen Freifeld
NOVA YORK (Reuters) - O ex-presidente norte-americano Donald Trump estava ciente de práticas fiscais supostamente ilegais em sua empresa imobiliária, indicou um executivo sênior da companhia em depoimento na quinta-feira durante o julgamento criminal da Organização Trump por acusações de fraude fiscal.
Jeffrey McConney, o controller da empresa, foi questionado por um promotor em Manhattan se o ex-diretor financeiro Allen Weisselberg disse a ele que ele e Trump haviam discutido a redução do salário de Weisselberg, que seria tributado, para compensar os pagamentos de aluguel que a Organização Trump fez para o apartamento do ex-diretor em Manhattan.
McConney a princípio disse que não se lembrava, mas depois da exibição de seu depoimento no grande júri sobre o assunto, disse: "Isso é o que Allen me disse, sim".
A Organização Trump foi acusada pelo gabinete do promotor distrital de Manhattan em 2021 de conceder benefícios executivos ilegalmente por mais de 15 anos sem informar às autoridades fiscais e relatar falsamente bônus como remuneração de não funcionários.
A empresa, que opera hotéis, campos de golfe e outros imóveis em todo o mundo, pode enfrentar multas de 1,6 milhão de dólares se for condenada. Trump não foi acusado, mas negou irregularidades e disse que foi alvo por motivos políticos.
(Reportagem de Karen Freifeld em Nova York)