Por Jonathan Stempel
NOVA YORK (Reuters) - Um juiz federal rejeitou nesta quarta-feira o pedido de Donald Trump por um novo julgamento, depois que um júri considerou o ex-presidente dos Estados Unidos responsável por abusar sexualmente e depois difamar a escritora E. Jean Carroll, concedendo uma indenização de 5 milhões de dólares a Carroll.
Em uma decisão de 59 páginas, o juiz Lewis Kaplan, de Manhattan, também rejeitou os argumentos de Trump para reduzir a indenização para menos de 1 milhão de dólares.
Kaplan disse que a decisão unânime de 9 de maio foi "quase inteiramente a favor da sra. Carroll" e não foi um "resultado seriamente errôneo" nem um "erro judicial".
Trump, que está novamente buscando a Presidência, recorreu da decisão, acrescentando-a ao seu recurso anterior do veredito do júri. Seu advogado não respondeu aos pedidos de comentário.
Carroll, de 79 anos, acusou Trump, de 77, de estuprá-la no camarim de uma loja de departamentos de Manhattan em meados da década de 1990 e difamá-la em uma postagem de rede social em outubro de 2022, quando classificou o incidente como "uma farsa e uma mentira" e afirmou que Carroll não era seu "tipo".
Ela também está processando Trump por difamação, e pede 10 milhões de dólares por conta de comentários semelhantes feitos em junho de 2019, depois que ela o acusou de forçá-la a fazer sexo na loja Bergdorf Goodman. Um julgamento está marcado para 15 de janeiro de 2024.
(Reportagem de Jonathan Stempel em Nova York)