GREENVILLE, Carolina do Sul, EUA (Reuters) - Donald Trump vai ser pressionado a assumir uma posição mais presidencial neste sábado à noite, durante debate com seus rivais republicanos em que ele deve atrair mais ataques do que nos encontros anteriores.
A uma semana da eleição primária na Carolina do Sul, em 20 de fevereiro, o debate ocorre num momento de grande ansiedade para os adversários de Trump.
Trump, que venceu com folga em New Hampshire na última terça-feira depois de ter ficado em segundo no Iowa, em 1º de fevereiro, possui uma ampla liderança nas pesquisas na Carolina do Sul. A menos que seja contido, ele pode estar a caminho de garantir sua nomeação como candidato republicano à presidência dos Estados Unidos na eleição de 8 de novembro.
Isso significa que é do interesse do senador do Texas, Ted Cruz, do senador pela Flórida, Marc Rubio, e do ex-governador da Flórida Jeb Bush se unirem para questionar o bilionário nova-iorquino antes que seja tarde demais.
Esses três candidatos, junto com o governador de Ohio, John Kasich, disputam uma posição de destaque como principal alternativa a Trump para os eleitores republicanos menos radicais.
"Minha intuição é que isso vai ser uma confusão", disse o estrategista republicano Doug Heye. As tentativas de atingir Trump nos debates anteriores raramente foram bem-sucedidas, já que o ex-apresentador de TV tem se mostrado rápido na reação e impiedoso em desqualificar seus adversários.
O uso de linguagem vulgar por Trump durante a campanha primária em New Hampshire, repetindo um comentário feito por uma pessoa em um de seus comícios, que disse que Cruz é um “frouxo”, pode causar estranhamento na Carolina do Sul, onde os evangélicos são uma importante força eleitoral.