TÚNIS (Reuters) - A Tunísia prendeu 12 pessoas, uma delas uma mulher, que tentavam cruzar a fronteira para a instável Líbia e se juntar a um "grupo terrorista", afirmou o Ministério do Interior.
Depois de ataques do Estado Islâmico contra turistas, a Tunísia está especialmente preocupada com as pessoas que chegam da Líbia. O caos criado por dois governos líbios rivais, que lutam por poder, possibilitou que o Estado Islâmico estabelecesse sua influência no país.
Forças de segurança prenderam as 12 pessoas em um ponto de ônibus na cidade de Ben Guerdane, no sul, perto da fronteira com a Líbia, afirmou o ministério num comunicado no fim da sexta-feira.
"Os suspeitos disseram que planejavam cruzar para o território líbio com a ajuda de um contrabandista", disse.
A Tunísia realizou uma transição amplamente pacífica para a democracia depois que uma revolta popular em 2011 derrubou o presidente Zine al-Abidine Ben Ali. No entanto, o Exército do país tem enfrentado um aumento da militância islâmica.
No mês passado, um homem armado matou 38 turistas britânicos no balneário tunisiano de Sousse. Em março, dois homens mataram 21 turistas estrangeiros e um policial num museu em Túnis. O grupo Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos dois ataques.
(Por Mohamed Argoubi)