ISTAMBUL (Reuters) - Procuradores turcos buscam longas sentenças prisionais ou prisão perpétua para nove funcionários de um jornal pró-curdo, incluindo a escritora premiada Asli Erdogan, por acusações de pertencerem a uma organização terrorista e ferirem a unidade nacional, relatou a mídia estatal nesta quinta-feira.
Asli, que não possui parentesco com o presidente turco, Tayyip Erdogan, foi presa em agosto e espera julgamento após ter sido detida pela polícia, junto a duas dúzias de outros funcionários do jornal Ozgur Gundem, fechado por ordem judicial por acusações de disseminação de propaganda militante do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
"Na acusação... prisão perpétua e sentenças prisionais de até 17 anos e meio foram buscadas para nove suspeitos", relatou a agência estatal Anadolu.
A Turquia fechou mais de 130 veículos da mídia desde um estado de emergência declarado após tentativa fracassa de golpe em 15 de julho, gerando preocupação entre aliados ocidentais e grupos de direitos humanos por deterioração da liberdade de imprensa.
Os nove suspeitos são jornalistas e diretores do jornal, segundo a agência. Asli Erdogan era membro do conselho do jornal. Advogados se negaram a comentar sobre a reportagem da Anadolu.
(Reportagem adicional de Birsen Altayli e Tuvan Gumrukcu)