ANCARA (Reuters) - Procuradores turcos começaram a investigar o desaparecimento do proeminente jornalista saudita Jamal Khashoggi, que está desaparecido há quatro dias após ter entrado no consulado da Arábia Saudita em Istambul, e Ancara prometeu descobrir seu paradeiro.
Khashoggi, que viveu em exílio autoimposto em Washington durante o último ano por medo de represálias por conta de duas opiniões críticas às políticas sauditas, entrou no consulado na terça-feira para buscar documentos para seu casamento que está para acontecer, de acordo com sua noiva, que aguardou do lado de fora. Ele não deu notícias depois isso.
Desde então, autoridades turcas e sauditas deram relatos conflitantes sobre o desaparecimento, com Ancara dizendo que não há evidências de que ele deixou a missão diplomática e Riad afirmando que ele deixou o local no mesmo dia.
Na sexta-feira, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman disse que autoridades sauditas irão permitir que a Turquia realize buscas no consulado saudita em Istambul.
Grupos de direitos humanos pediram para a Arábia Saudita verificar o paradeiro de Khashoggi. A Human Rights Watch pediu para a Turquia aprofundar sua investigação acerca do caso, dizendo que se a Arábia Saudita deteve Khashoggi sem reconhecer isto, sua detenção irá constituir um desaparecimento forçado.
Não ficou imediatamente claro se procuradores de Istambul haviam iniciado investigação neste sábado ou mais cedo. O escritório do procurador não estava imediatamente disponível para comentários.
No entanto, o porta-voz do Partido AK, do presidente Tayyip Erdogan, prometeu que autoridades irão descobrir o paradeiro de Khashoggi e os detalhes de seu desaparecimento através da investigação.
(Reportagem de Tuvan Gumrukcu)