Por Daren Butler
ISTAMBUL (Reuters) - A Turquia prendeu 17 suspeitos nesta terça-feira, em maioria estrangeiros, pelos ataques a bomba na semana passada no principal aeroporto de Istambul, descritos pelo presidente Tayyip Erdogan como trabalho de militantes do Estado Islâmico vindos da ex-União Soviética.
As prisões recentes levam para 30 o número total de pessoas presas, e ainda sem julgamento, pelos três ataques suicidas com bombas no Ataturk Airport, que deixaram 45 mortos e centenas de feridos, no mais mortal de uma série de ataques neste ano na Turquia.
O ataque foi seguido por grandes ataques em Bangladesh, Iraque e Arábia Saudita na semana passada, todos aparentemente marcados para coincidir com o Edir al-Fitr, feriado que marca o fim do mês sagrado do Ramadan.
"O incidente com certeza está completamente dentro do padrão do Estado Islâmico, um processo conduzido com seus métodos", disse Erdogan a repórteres após rezar em mesquita em Istambul no início do feriado.
Três homens-bomba abriram fogo para criar pânico fora do aeroporto enquanto dois deles entraram e se explodiram. O terceiro militante detonou seus explosivos fora da entrada do terminal de desembarques internacionais.
"Há pessoas do Daguestão, Quirguistão, do Tajiquistão", disse Erdogan, referindo-se a uma província de maioria muçulmana na região russa do Norte Cáucaso, e dois ex-repúblicas da antiga União Soviética na Ásia Central. "Infelizmente, pessoas de países vizinhos no Cáucaso Norte estão envolvidas neste esquema."
A agência de notícias estatal turca Andoly relatou anteriormente que dois dos homens-bomba eram cidadãos russos. Uma autoridade governamental disse que os agressores eram da Rússia, Uzbequistão e Quirguistão.