ISTAMBUL (Reuters) - A Turquia rejeitou as exigências "superficiais" de um cessar-fogo neste sábado no sul do Cáucaso após uma semana de combates ferozes com forças de etnia armênia no enclave separatista de Nagorno-Karabakh.
Enquanto a Rússia, os Estados Unidos e a França pedem o fim das hostilidades, a potência regional Turquia apoiou firmemente os azeris e repetiu que o que chamou de "ocupantes" armênios devem se retirar.
A Armênia disse na sexta-feira que trabalhará com as três grandes potências para um cessar-fogo. Mas o presidente turco, Tayyip Erdogan, disse que eles não deveriam ter nenhum papel na promoção da paz e neste sábado afirmou que Ancara apóia os "oprimidos" no sul do Cáucaso.
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, disse ao jornal italiano La Stampa que a Rússia poderia desempenhar um papel de intermediação em um cessar-fogo "apenas se fosse neutro".
"Demandas superficiais para o fim imediato das hostilidades e um cessar-fogo permanente não serão úteis desta vez", disse ele à agência de notícias estatal turca Anadolu.
Moscou tem um pacto de defesa com a Armênia, mas também tem boas relações com o Azerbaijão.
Nagorno-Karabakh, onde os armênios étnicos são a grande maioria, disse neste sábado que mais 51 militares foram mortos na guerra com o Azerbaijão, um aumento acentuado no número de mortos em uma semana de combates ferozes.
(Reportagem de Jonathan Spicer e Irem Koca)