Por Anthony Deutsch e Anna e Voitenko
KIEV (Reuters) - Famílias ucranianas esperaram no frio intenso neste domingo seus entes queridos atravessarem a margem russa do rio Dnipro para Kherson, cidade que desde que foi recapturada das forças russas pela Ucrânia no mês passado tem estado sob forte bombardeio.
Autoridades militares na região de Kherson, no sul da Ucrânia, alertaram no sábado que os combates na área podem se intensificar e disseram que suspenderiam temporariamente a proibição de travessias para ajudar na retirada de cidadãos no território ocupado pela Rússia na margem leste.
Sob a anistia de três dias, que começou no sábado, os ucranianos que vivem nas vilas do outro lado do rio podem atravessar o Dnipro durante o dia e até um certo ponto.
Mas conforme o segundo dia da anistia se aproximava do fim, não havia ocorrico uma única travessia. Cerca de 20 pessoas esperavam tristemente com um grupo de soldados e uma ambulância no porto fluvial de Kherson, em meio ao som constante de bombardeios nas proximidades.
Olena, de 40 anos, que quis dar apenas o primeiro nome e se recusou a fornecer o sobrenome para proteger a identidade de sua família, disse que estava aguardando sua filha de 10 anos.
"Não vejo minha filha há nove meses", disse Olena ansiosamente.