Por Kate Abnett
BRUXELAS (Reuters) - A Comissão Europeia apresentou uma "lei climática" nesta quarta-feira para tornar a meta de emissões zero até 2050 da União Europeia obrigatória, mas a ativista sueca Greta Thunberg e ONGs disseram que é necessária uma ação mais urgente para superar a crise climática.
O Executivo da UE aprovou a regulamentação em uma reunião acompanhada por Thunberg.
A lei climática, que precisa da aprovação do Parlamento Europeu e dos países-membros, comprometeria o bloco de 27 nações com a redução do saldo de suas emissões de gases de efeito estufa a zero até 2050. Ela omite uma meta que foi incluída em um esboço da lei: obter "remoções" no saldo dos gases de efeito estufa após esta data.
De acordo com a regulamentação, 2050 será uma meta de toda a UE, o que cria a possibilidade de alguns membros reduzirem suas emissões a zero em uma data posterior se outros se descarbonizarem mais cedo.
Thunberg, de 17 anos, disse que a lei ignora os próximos 10 anos.
"'Saldo zero de emissões até 2050' para a UE é o mesmo que uma rendição. Significa desistir", disseram ela e 33 outros ativistas do clima em uma carta aberta publicada na terça-feira. "Não precisamos de metas só para 2030 ou 2050. Nós, acima de tudo, precisamos delas para 2020 e cada mês e ano a seguir".
Doze países europeus --entre eles França, Itália e Holanda, mas não a Alemanha, a maior emissora da UE-- querem que a Comissão revise a meta de 2030 em junho.