BRUXELAS (Reuters) - O presidente da cúpula de líderes da União Europeia, Donald Tusk, provavelmente oferecerá ao Reino Unido uma prorrogação flexível de até um ano para a data da saída do país da UE, com a possibilidade de uma partida mais cedo, disse uma autoridade de alto escalão do bloco.
A autoridade disse que a opção pode ser apresentada à primeira-ministra britânica, Theresa May, na cúpula da UE sobre o Brexit no dia 10 de abril em Bruxelas. Se May aceitar, o Reino Unido teria que realizar eleições para o Parlamento Europeu em maio, segundo a autoridade.
"A única saída sensata seria uma prorrogação longa, mas flexível", disse o funcionário.
"Poderíamos dar ao Reino Unido uma prorrogação de um ano, encerrada automaticamente uma vez que o Acordo de Saída tenha sido aceito e ratificado pela Câmara dos Comuns".
"E mesmo se isso não fosse possível, o Reino Unido ainda teria tempo suficiente para repensar sua estratégia do Brexit. Uma prorrogação curta, se possível, e uma longa se necessário. Parece ser um bom cenário para os dois lados, já que dá ao Reino Unido toda a flexibilidade necessária e evita a necessidade de se reunir a cada poucas semanas para voltar a debater prorrogações do Brexit", disse.
A Comissão Europeia, que vem conduzindo as negociações da UE a respeito do Brexit com Londres, não quis comentar um novo adiamento possível da desfiliação britânica.
"O único jogo na cidade é o Conselho Europeu, que começará na quarta-feira às 18h", disse o porta-voz da Comissão, Margaritis Schinas, referindo-se à cúpula de líderes da UE sobre o Brexit de 10 de abril.
"É uma questão hipotética, porque presume que existe uma prorrogação, o que nossos líderes ainda estão para ver", disse Schinas em referência ao fato de que os 27 líderes nacionais de países da UE que permanecerão juntos após o Brexit precisam endossar unanimemente qualquer novo adiamento do Brexit para o Reino Unido.
(Por Jan Strupczewski)