Por Gabriela Baczynska e Jan Strupczewski
BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia acredita que o Reino Unido não estará pronto para uma separação total do bloco até o fim de 2020, como preveem os planos de transição, e várias autoridades de alto escalão da EU estão se preparando para uma despedida muito mais longa.
O governo britânico pode estar pensando de maneira semelhante.
Vários diplomatas e autoridades de Bruxelas a par das discussões disseram que uma série de questões não resolvidas, inclusive a fronteira irlandesa, e disputas internas no Reino Unido a respeito de que tipo de relacionamento comercial futuro pedir convenceram muitos de que a transição acabará sendo mais demorada.
Duas autoridades graduados da EU disseram que os negociadores britânicos pareceram estar sondando as reações de outros governos a uma prorrogação da transição de 21 meses atualmente em oferta, mas outros disseram acreditar que a primeira-ministra britânica, Theresa May, ainda pretende ter um acordo de livre comércio negociado a partir de janeiro de 2021.
Publicamente, May negou estar querendo mais tempo. A EU se diz disposta a ser "flexível", mas a França e outros governos do bloco deixaram claro que se opõem a ver o Reino Unido ficar no meio do caminho durante anos, temendo que o arranjo se torne permanente e sirva de base para uma concessão complicada e de longo prazo.
Enquanto as conversas formais sobre a transição transcorriam em Bruxelas nesta semana, diplomatas da EU disseram que uma prorrogação será acertada somente depois que o Reino Unido se desfiliar oficialmente em março de 2019, para que Londres continue sendo pressionada a concluir um acordo comercial ou veja sua economia se lançar de um "precipício" a partir de 2021.
O bloco também diz que as questões pendentes, incluindo a Irlanda, devem ser resolvidas para que qualquer transição comece depois da desfiliação, agendada para março de 2019.