Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - O órgão executivo da União Europeia apresentou nesta terça-feira o seu plano de segurança econômica que busca convencer os 27 Estados do bloco a concordar com controle mais rígidos sobre exportações e fluxos de tecnologia que podem ser militarmente usados por rivais como a China.
A Comissão Europeia considera a exportação e compartilhamento de tecnologias emergentes, como inteligência artificial a computação quântica, como um potencial risco de segurança porque pode permitir que “países preocupantes” as utilizem com propósitos militares.
O relatório Estratégia de Segurança Econômica Europeia apresentado em entrevista coletiva em Bruxelas defende controles mais rígidos de exportação e triagem de investimentos externos para uma ampla gama de tecnologias, confirmando um rascunho visto pela Reuters na segunda-feira.
O documento não cita nominalmente a China, mas enfatiza parcerias com países que pensam de maneira similar e usa a frase “de-risking”, sua política para reduzir a dependência econômica da China.
Também pediu mais 10 bilhões de euros aos membros da UE para ajudar a indústria a desenvolver tecnologias estratégicas.
A apresentação marca o começo das tentativas da comissão de convencer os países da União Europeia a apoiar suas propostas. Os líderes da UE realizarão um debate sobre as relações com a China em uma cúpula marcada para 29 e 30 de julho em Bruxelas.
(Reportagem de Philip Blenkinsop)