Por Brian Homewood
VIENA (Reuters) - A Uefa, entidade que administra o futebol europeu, criticou publicamente um de seus representantes no comitê executivo da Fifa, Theo Zwanziger, e disse estar "triste e aborrecida" com a conduta recente do dirigente alemão.
Recentemente, Zwanziger fez uma queixa ao comitê de ética da Fifa que levou o organismo a investigar os detalhes do salário e da aposentadoria do presidente da Federação de Futebol da Alemanha (DFB, na sigla em alemão), Wolfsgang Niersbach, que foi inocentado de qualquer infração.
Em uma rara repreensão pública a uma de suas próprias autoridades, a Uefa declarou que Zwanziger não compareceu a nenhum de seus eventos nos últimos dois anos e que sua conduta foi "constrangedora".
"O comitê executivo (da Uefa) está realmente triste e aborrecido com esta situação, realmente não dá para entender", disse o secretário-geral da Uefa, Gianni Infantino, a repórteres.
"O comitê executivo repudia totalmente as ações do senhor Zwanziger", afirmou, acrescentando que estas "só serviram para criar uma imagem negativa e questionar os procedimentos financeiros da federação alemã".
Zwanziger foi o antecessor de Niersbach na presidência da DFB e deixou o cargo em 2012.
Crítico explícito da decisão de conceder a sede da Copa do Mundo de 2022 ao Catar, ele faz parte do comitê executivo da Fifa desde 2011, e seu mandato vence em maio.
"De acordo com os estatutos da Uefa, (Zwanziger) representa as associações europeias, mas não o vimos em nenhuma de nossas reuniões, comitês executivos, comitês ou Congressos nos últimos dois anos", acrescentou Infantino.
"Parte da democracia é participar dos processos de consulta e das discussões e aceitar, por fim, as decisões que são tomadas... e não ficar bravo e aborrecido se não forem do jeito que se gostaria. Por isso estamos rejeitando claramente suas ações, e de todo modo é um pouco constrangedor para ele e triste para o futebol alemão".