CARACAS (Reuters) - A Venezuela disse nesta quarta-feira que normalizará as relações com a Espanha e que os dois países vão reenviar embaixadores após desentendimento em janeiro que se seguiu a sanções da União Europeia contra a nação sul-americana.
Em janeiro, o presidente Nicolás Maduro retirou seu embaixador de Madri em resposta ao que ele chamou de "interferência repetitiva" nos assuntos internos do país, levando a Espanha a responder da mesma maneira.
Os dois países "concordaram em começar o processo de normalização das relações diplomáticas", disse o ministro das Relações Exteriores venezuelano em um comunicado, acrescentando que os embaixadores serão reenviados nos próximos dias.
A UE impôs em janeiro sanções a um grupo de autoridades da Venezuela sobre abusos associados à protestos de oposição, uma mudança que seguiu uma série de sanções similares de Washington sobre questões parecidas.
A Venezuela tem enfrentado fortes críticas dos Estados Unidos e da Europa, assim como de vizinhos da América Latina, pela criação, no ano passado, de uma Legislatura toda-poderosa, chamada Assembléia Constituinte, que os críticos dizem ser a formação de uma ditadura.
A decisão de convocar eleições presidenciais para o dia 20 de maio foi amplamente criticada por prejudicar a possibilidade de uma eleição livre e justa no país em crise.
(Por Deisy Buitrago e Brian Ellsworth)