Por Luc Cohen
NOVA YORK (Reuters) - A oposição da Venezuela precisa de mais apoio da Europa para afastar o presidente socialista, Nicolás Maduro, disse um enviado da oposição nesta terça-feira, acusando o governo de usar o sistema financeiro europeu para driblar as sanções dos Estados Unidos.
A oposição e os EUA consideram a reeleição de Maduro em 2018 fraudulenta e dizem que ele é responsável por uma crise econômica e política. Na segunda-feira, um grupo de nações latino-americanas concordou em impor sanções a membros de seu governo durante uma reunião ocorrida na véspera da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
"O mundo todo precisa repudiar Maduro, mas principalmente a Europa", disse Carlos Vecchio, representante do líder opositor Juan Guaidó nos EUA, em uma entrevista concedida em Nova York. "O regime de Nicolás Maduro está driblando sanções dos EUA através da Europa."
Mais de 50 países reconheceram Guaidó como o líder legítimo do país-membro da Opep desde que o chefe da Assembleia Nacional controlada pela oposição invocou a Constituição para assumir uma presidência interina em janeiro, argumentando que Maduro é ilegítimo.
Mas Maduro, que qualifica Guaidó como um fantoche apoiado pelos EUA que tenta depô-lo com um golpe, continua sendo reconhecido pelos 193 integrantes da Assembleia Geral da ONU.
Vecchio disse que se encontraria ainda nesta terça-feira com Enrique Iglesias, conselheiro especial da União Europeia para a Venezuela, para pedir que o grupo adote sanções individuais mais duras a membros do governo Maduro que ele disse terem contas e ativos na Europa. Ele não mencionou autoridades específicas.