CARACAS (Reuters) - A Venezuela insistiu nesta quinta-feira na realização de eleições para o Legislativo no dia 6 de dezembro, após um pedido da União Europeia para que o pleito seja adiado para garantir uma votação livre e justa.
Partidos de oposição liderados pelo presidente do Congresso Juan Guaidó já disseram que não irão participar das eleições com a justificativa de que o processo será fraudado para favorecer o Partido Socialista, que governa o país.
Na semana passada, a UE enviou uma missão para Caracas e na quarta-feira emitiu um comunicado dizendo que não há condições para a realização de eleições livres e justas.
O ministério das Relações Exteriores da Venezuela disse na quinta-feira que a declaração da UE "reflete uma posição enviesada sobre as condições nas quais o povo venezuelano irá escolher a nova Assembleia Nacional no dia 6 de dezembro", e pediu que a UE desempenhe "um papel positivo e respeitoso de facilitação".
Maduro havia pedido à Organização das Nações Unidas e à UE o envio de missões de observação. Autoridades dizem que a UE precisa de pelo menos seis meses para organizar um grupo de observação.
Henrique Capriles, que foi candidato a presidente duas vezes, há semanas pede que a oposição lute por melhores condições, mas na noite de quarta-feira disse que o adiamento era necessário para garantir uma votação livre e justa.
(Reportagem de Vivian Sequera)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447702)) REUTERS AC