XANGAI (Reuters) - O vice-ministro de Finanças da China, Zhu Guangyao, afirmou que a política fiscal do país continuará proativa no futuro, mas acrescentou que a pressão deflacionária não é tão intensa quanto na Europa.
Ele deu as declarações na abertura da Conferência Chinesa Consultiva Política do Povo, um órgão consultivo do Parlamento do país.
O Ministério das Finanças está avançando com reformas fiscais em uma tentativa de lidar com a causa das dívidas de governos locais que chegam a mais de 3 trilhões de dólares.
Li Daokui, ex-conselheiro do comitê de política monetária do banco central no mesmo evento, disse a repórteres que as pressões deflacionárias não são muito grandes, e que a pressão de baixa não é a "questão mais importante".
"A principal questão é se podemos encontrar novos bons pontos de crescimento através de reformas neste ano que possam ser sustentadas", disse Li.
A economia cresceu 7,4 por cento em 2014, ritmo mais lento em 24 anos. Na abertura da reunião anual do Parlamento na quinta-feira, o primeiro-ministro, Li Keqiang, deve reduzir a meta de crescimento deste ano para cerca de 7 por cento, contra 7,5 por cento em 2014.
O banco central cortou a taxa de juros no sábado, antes da reunião do Parlamento, no mais recente esforço para sustentar a economia.
Zhu disse também que o governo ainda está estudando a implementação de um imposto sobre propriedades, visto como uma potencial maneira de tornar os endividados governos locais menos dependentes de vendas de terras para conseguir receitas.
Ele disse também que o Banco Asiático para Investimento em Infraestrutura, a alternativa planejada por Pequim para outros bancos globais de infraestrutura como o Banco Asiático de Desenvolvimento e o Fundo Monetário Internacional (FMI), definitivamente será estabelecido neste ano.
(Reportagem de Pete Sweeney)