JERUSALÉM (Reuters) - O vice-premiê israelense, Silvan Shalom, um político veterano do Likud, partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, renunciou ao cargo neste domingo, após denúncias de que teria assediado sexualmente diversas mulheres ao longo de sua carreira.
A decisão de deixar o governo feita por Shalom, que também respondia pelo cargo de ministro do Interior e chegou a ocupar anteriormente o posto de chanceler, não deve afetar a estabilidade do governo de Netanyahu.
A mídia israelense noticiou, nos últimos dias, vários casos de mulheres que denunciaram Shalom por assédio. O procurador-geral de Israel disse, neste domingo, que ordenou a abertura de uma investigação policial sobre as alegações.
"Eu decidi renunciar a meu cargo como ministro e membro do Knesset (parlamento israelense)", disse Shalom em um comunicado, acrescentando que estava preocupado com os efeitos dos recentes acontecimentos sobre sua família.
Shalom não é o primeiro político israelense de alto escalão a ser forçado a renunciar devido a um escândalo envolvendo má conduta sexual.
O ex-presidente israelense Moshe Katsav deixou o cargo em 2007 e foi depois condenado a sete anos de prisão por ter estuprado duas vezes uma assessora quando era ministro, nos anos 1990, assim como por ter agredido sexualmente duas outras mulheres que trabalharam para ele enquanto era presidente. Katsav nega qualquer crime.
(Reportagem de Ari Rabinovitch)
(Raquel Stenzel)