CARACAS (Reuters) - O poderoso vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, classificou sua inclusão em uma lista negra dos Estados Unidos por acusações relacionadas a drogas de "agressão imperialista" nesta terça-feira, a primeira troca de farpas bilateral com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump.
"Não seremos distraídos por estas provocações miseráveis", disse ele em uma série de tuítes. "A verdade é invencível, e veremos esta agressão vil dissipada".
Na segunda-feira, o Departamento do Tesouro dos EUA sancionou El Aissami e Samark López, que identificou como seu associado, acusando ambos de envolvimento em uma rede internacional que envia drogas por ar e mar, e de ter ligações com gangues no México e Colômbia.
A designação na lista permite que o Departamento do Tesouro congele quaisquer ativos de indivíduos nos Estados Unidos e impede a pessoa de realizar transações financeiras que atravessam os EUA.
López também disse que sua inclusão na lista parece ter motivação política.
"O senhor López não é uma autoridade do governo e não se envolveu com o tráfico de drogas", disse ele em um comunicado em seu site, descrevendo-se como um "empresário legítimo".
O governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, costuma classificar acusações de Washington e da oposição sobre tráfico de drogas, corrupção e abusos de direitos humanos como falso pretexto para justificar a interferência no país e uma tentativa de derrubá-lo.
(Por Andrew Cawthorne e Alexandra Ulmer)