Por Andrew MacAskill e Alistair Smout e Sachin Ravikumar
LONDRES (Reuters) - O vice-primeiro-ministro britânico Dominic Raab renunciou nesta sexta-feira depois que um relatório independente concluiu que ele havia intimidado autoridades, o mais recente escândalo a forçar a saída de um dos principais membros do gabinete do primeiro-ministro Rishi Sunak.
A perda de um terceiro ministro sênior por causa de sua conduta pessoal em seis meses deve prejudicar a tentativa de Sunak de recuperar a imagem de seu Partido Conservador antes das eleições locais, em maio, e é um constrangimento, já que Sunak prometeu um governo de integridade quando entrou em Downing Street em outubro do ano passado.
Raab divulgou uma carta raivosa de demissão, argumentando que as conclusões do relatório, que dizia que ele havia agido de maneira "intimidadora" e "persistentemente agressiva" enquanto era ministro das Relações Exteriores, eram falhas.
Raab não tinha poderes formais como vice de Sunak, mas substituía o primeiro-ministro caso ele estivesse ausente do Parlamento ou incapacitado. Era um aliado político próximo de Sunak e o ajudou a lançar sua campanha para primeiro-ministro no meio do ano passado.
A investigação de cinco meses do advogado Adam Tolley sobre o comportamento de Raab ouviu evidências de funcionários do governo sobre reclamações de bullying em três departamentos diferentes.
Raab foi além do apropriado com seu feedback crítico e insultou o trabalho feito por funcionários do Ministério da Justiça, segundo o relatório, acrescentando que ele foi abrasivo, mas não deliberadamente abusivo.
(Reportagem de Andrew MacAskill, Alistair Smout, Farouq Suleiman e Sachin Ravikumar, William James)