Por Sarah N. Lynch e Andy Sullivan
WASHINGTON (Reuters) - O vice-secretário de Justiça dos Estados Unidos, Rod Rosenstein, que indicou o procurador especial Robert Mueller em maio de 2017 para investigar as ligações entre o governo russo e a campanha do presidente Donald Trump, disse nesta segunda-feira que renunciará ao cargo.
A saída de Rosenstein, que se efetivará em 11 de maio, não foi surpresa. Era esperado que ele saísse em março. A Casa Branca não comentou o assunto imediatamente, mas notou que Trump já indicou o vice-secretário de Transportes Jeffrey Rosen para substituí-lo.
Rosenstein ficou no cargo por mais tempo para ajudar o secretário de Justiça, William Barr, a administrar a publicação da investigação de 22 meses conduzida por Mueller e completada no dia 22 de março.
Em carta à Trump, Rosenstein cita duas frases emblemáticas de Trump ao escrever que ajudou o departamento empregando funcionários "dedicados aos valores que tornam a América grande" e que "sempre colocamos a América em primeiro lugar".
A investigação de Mueller não estabeleceu evidências de que a campanha de Trump teria ilegalmente conspirado com Moscou.
Mueller, em seu relatório final não determinou se Trump havia cometido obstrução à justiça, mas apresentou evidências dos dois lados.