Por Luis Jaime Acosta
BOGOTÁ (Reuters) - Um vídeo divulgado no fim de semana do comandante rebelde colombiano Iván Márquez, que teria morrido no ano passado, é real, disse nesta terça-feira o ministro da Defesa, Ivan Velásquez.
Acreditava-se que Márquez, o conhecido líder de uma facção dos ex-rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que voltou às armas após rejeitar um acordo de paz de 2016 com o governo colombiano, tivesse morrido na Venezuela.
Havia dúvidas sobre a autenticidade do vídeo, divulgado no sábado, no qual Márquez parece apoiar a criação de um órgão legislativo para avaliar as mudanças na constituição da Colômbia e fala sobre o herói revolucionário sul-americano Simon Bolívar.
"O que me foi dito pela inteligência é que o vídeo é real", disse Velásquez a jornalistas, acrescentando que não se sabe onde foi filmado, mas que Márquez atua nas áreas de fronteira com a Venezuela.
Márquez foi ferido em um ataque em junho de 2022, disseram fontes à Reuters, e foi tratado em um hospital em Caracas, capital da Venezuela.
Márquez, cujo nome verdadeiro é Luciano Marin Arango, foi um dos negociadores do acordo de 2016, mas o abandonou após seu sobrinho ser preso e enviado para os Estados Unidos.
Mais tarde, ele ressurgiu como líder da chamada Segunda Marquetalia, um grupo de ex-Farc que se rearmaram.
O governo disse em fevereiro que iniciaria novas conversas de paz com a Segunda Marquetalia, mas ainda não houve conversas formais.
Vários ex-líderes importantes das Farc que rejeitaram o acordo de 2016 foram mortos nos últimos anos, inclusive na Venezuela.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)