(Reuters) - O condado de St. Louis encerrou nesta sexta-feira o estado de emergência que havia decretado no começo desta semana na cidade de Ferguson, no Estado norte-americano do Missouri, e nas áreas circundantes devido aos protestos de rua violentos de domingo.
No último fim de semana, Ferguson testemunhou uma nova leva de manifestações para marcar o aniversário de um ano da morte de Michael Brown, jovem negro de 18 anos desarmado que foi morto por um policial branco em agosto passado.
A morte de Brown foi considerada justificada, mas o incidente e os assassinatos posteriores de outros negros e hispânicos desarmados em Baltimore, na cidade de Nova York e no Estado de Washington, além de outras localidades, inspiraram um movimento nacional de questionamento do policiamento e das relações raciais no país.
A maior parte dos protestos em Ferguson foi pacífica, mas na noite de domingo houve disparos e a polícia feriu a tiros o jovem negro Tyrone Harris, também de 18 anos, que a corporação afirma ter atirado contra seus oficiais. Harris, que continua hospitalizado, foi acusado de agressão contra as forças da lei, ação criminal armada e disparo de arma de fogo contra um veículo.
Desde então, outras manifestações continuaram a ocorrer dentro e ao redor de Ferguson. Dezenas de pessoas foram presas na segunda-feira, quando bloquearam um tribunal de St. Louis em um ato de desobediência civil e interditaram brevemente uma avenida local. Não houve mais prisões desde quarta-feira.
"Depois de analisar os eventos das quatro últimas noites, sob o estado de emergência, tenho a satisfação de relatar que nossos agentes de aplicação da lei estabeleceram a ordem e ao mesmo tempo evitaram novos atos de violência em Ferguson", disse Steve Stenger, executivo do condado, em comunicado.
(Reportagem de Jon herskovits, em Austin; e de Fiona Ortiz, em Chicago)