JERUSALÉM (Reuters) - Centenas de judeus ultranacionalistas acompanhados pela tropa de choque entraram neste domingo no complexo de Jerusalém, reverenciado no judaísmo e no islamismo, resultando em violência entre policiais e muçulmanos indignados.
A visita altamente provocativa aconteceu durante os dias finais do mês sagrado do Ramadã, quando os muçulmanos se reúnem para rezar na mesquita de al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islã, onde orações não-muçulmanas foram proibidas desde 1187.
A polícia disparou balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar os fiéis, alguns dos quais atiravam pedras e cadeiras enquanto os grupos judeus atravessavam a esplanada em frente à al-Aqsa a gritos de "Allahu Akbar" (Deus é grande).
Um palestino sofreu um ferimento na cabeça, enquanto outros foram tratados por inalação de gás dentro do complexo, disse um médico do Crescente Vermelho palestino.
Reverenciado pelos judeus como o Monte do Templo e pelos muçulmanos como o Santuário Nobre, este é um dos locais mais sensíveis no conflito israelo-palestiniano.
(Reportagem de Ali Sawafta e Nidal al-Mughrabi)