(Reuters) - Harvey Weinstein e a companhia de cinema que cofundou, a The Weinstein Company, foram processados em tribunal estadual na Califórnia na terça-feira por uma atriz anônima que disse ter sido estuprada pelo produtor de cinema na primavera de 2016.
A atriz, que é representada pela advogada Gloria Allred e identificada nos documentos como Jane Doe (nome usado para designar uma pessoa desconhecida), informou no processo preenchido na Corte Superior do condado de Los Angeles que Weinstein a convidou para um hotel para discutir um papel em um programa de TV, mas ao invés disto a forçou contra a cama, puxou sua calça jeans e a estuprou apesar de a atriz ter dito que não.
Uma vez que a Weinstein Co sabia dos maus comportamentos do produtor em relação a mulheres, a companhia é responsável pela dor que ele infligiu, de acordo com o processo, que busca danos não revelados.
Allred não pôde ser contatada para comentários, mas uma cópia do processo foi publicada online pela Variety.
A Reuters não conseguiu entrar em contato imediato com Sallie Hofmeister, representante de Weinstein, ou com um porta-voz da The Weinstein Co, para comentários.
A revista The Hollywood Reporter relatou que um representante de Weinstein disse em comunicado: “Quaisquer acusações de sexo não consensual são inequivocamente negadas pelo sr. Weinstein. O sr. Weinstein confirmou que não houve quaisquer atos de retaliação contra quaisquer mulheres por rejeição de seus avanços. O sr. Weinstein obviamente não pode falar sobre acusações anônimas, mas com respeito a quaisquer mulheres que fizeram acusações sobre o registro, o sr. Weinstein acredita que todos estes relacionamentos foram consensuais”.
(Reportagem de Ben Klayman)