Zelenskiy ganha apoio da UE e da Otan ao buscar lugar à mesa com Trump e Putin

Publicado 10.08.2025, 12:10
Atualizado 10.08.2025, 13:10
© Reuters

Por Dan Peleschuk e Mark Trevelyan

(Reuters) -O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, recebeu o apoio da Europa e da Otan neste domingo, antes da cúpula entre Rússia e Estados Unidos nesta semana na qual Kiev teme que Vladimir Putin e Donald Trump tentem ditar os termos para encerrar a guerra de três anos e meio.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que há semanas vinha ameaçando novas sanções contra a Rússia por não ter conseguido interromper o conflito, anunciou na sexta-feira passada que realizará uma cúpula com Putin no Alasca em 15 de agosto.

Um funcionário da Casa Branca disse no sábado que Trump está aberto à participação de Zelenskiy, mas que os preparativos atuais são para uma reunião bilateral com Putin.

Na semana passada, o líder do Kremlin descartou a possibilidade de se encontrar com Zelenskiy neste momento, dizendo que as condições para tal encontro "infelizmente ainda estão longe" de serem atendidas.

Trump disse que um possível acordo envolveria "alguma troca de territórios para a melhoria de ambos (os lados)", uma declaração que agravou a preocupação ucraniana de que poderá enfrentar pressão para ceder mais terras.

Zelenskiy diz que qualquer decisão tomada sem a Ucrânia será "natimorta" e impraticável. No sábado, os líderes do Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Polônia, Finlândia e a Comissão Europeia disseram em uma declaração conjunta que qualquer solução diplomática deve proteger os interesses vitais de segurança da Ucrânia e da Europa.

"Os EUA têm o poder de forçar a Rússia a negociar seriamente", disse a chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, neste domingo. "Qualquer acordo entre os EUA e a Rússia deve incluir a Ucrânia e a UE, pois é uma questão de segurança para a Ucrânia e para toda a Europa."

Os ministros das Relações Exteriores da UE se reunirão na segunda-feira para discutir os próximos passos, disse ela.

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, disse à rede americana ABC News que a cúpula de sexta-feira "será para testar Putin, para saber se ele está levando a sério o fim dessa terrível guerra".

Ele acrescentou: "Será, é claro, sobre garantias de segurança, mas também sobre a necessidade absoluta de reconhecer que a Ucrânia decide seu próprio futuro, que a Ucrânia tem que ser uma nação soberana, decidindo seu próprio futuro geopolítico".

A Rússia, que lançou uma invasão em grande escala da Ucrânia em fevereiro de 2022, agora detém quase um quinto do país.

Rutte disse que um futuro acordo de paz não poderia incluir o reconhecimento legal do controle russo sobre as terras ucranianas, embora possa incluir o reconhecimento de fato.

Ele comparou a situação com a que ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos aceitaram que os estados bálticos da Letônia, Lituânia e Estônia eram controlados de fato pela União Soviética, mas não reconheceram legalmente sua anexação.

Zelenskiy disse no domingo: "O fim da guerra deve ser justo, e sou grato a todos que estão ao lado da Ucrânia e de nosso povo hoje".

Uma autoridade europeia disse que a Europa havia apresentado uma contraproposta à proposta de Trump, mas não quis dar detalhes. Autoridades russas acusaram a Europa de tentar frustrar os esforços de Trump para acabar com a guerra.

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