VIENA (Reuters) - A Áustria vai intensificar a deportação de imigrantes e acrescentar o Marrocos, a Argélia e outros países a uma lista de nações que considera seguras, possibilitando assim a devolução mais rápida de pessoas, disseram três ministérios austríacos neste domingo.
A Áustria e a vizinha Alemanha abriram suas fronteiras em setembro para centenas de milhares de pessoas que chegavam à Europa, a maioria delas fugindo da guerra e da pobreza no Oriente Médio, no Afeganistão e em outros lugares.
Apesar de uma onda de simpatia inicial em relação aos imigrantes, a preocupação da população com o fluxo de entrada de pessoas fortaleceu o apoio à extrema direita na Áustria, e tem crescido a oposição ao governo de coalizão formado pelos Social Democratas e os conservadores.
Em uma medida destinada aparentemente a dirimir tais preocupações, o governo anunciou neste mês que iria limitar o número de pedidos de asilo a 127,5 mil, ou 1,5 por cento da população do país, pelos próximos quatro anos.
Agora, o governo decidiu realizar ao menos 50 mil deportações durante o mesmo período, de acordo com a minuta de um acordo entre os Ministérios do Interior, da Defesa e da Integração, que foi publicada neste domingo.
A medida também prevê a doação de 500 euros (542 dólares) aos imigrantes cujo pedido de asilo forem recusados, caso concordem em ser deportados, segundo a minuta.
(Reportagem de Francois Murphy)