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6 Ações Que Podem Perder Pela Alta do Trigo

Por Danielle LopesAções24.03.2022 18:16
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6 Ações Que Podem Perder Pela Alta do Trigo
Por Danielle Lopes   |  24.03.2022 18:16
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A guerra na Ucrânia chega nesta quarta-feira a 28 dias, sem negociações avançadas para um cessar-fogo. Além da forte alta nos preços do petróleo e do gás natural, a situação é bastante delicada para commodities agrícolas, com maior destaque para o trigo.

A Ucrânia é a maior exportadora de trigo do mundo e as consequências já são sentidas pelas empresas de alimentos expostas ao preço dos grãos.

Você deve estar se perguntando: “O churras de domingo vai ficar mais caro?”. Não somente a cerveja e a carne vão subir de preços ao consumidor, como também a farinha de trigo, o macarrão, os biscoitos e até o óleo de soja.

Para piorar o cenário, o Banco Central aumentou novamente a taxa básica de juros (Selic) para +11,75 por cento, pressionando ainda mais os preços de alimentos. Além disso, o índice de desempenho econômico, IBC-Br, já aponta um começo de ano fraco para a economia brasileira, recuando -0,99 por cento em janeiro na comparação com dezembro – nível inferior ao da pré-pandemia.

Percebe que, quanto mais tempo durar a guerra, maiores poderão ser os impactos na produção de uma série de produtos?

Para além dos impactos no seu bolso, sabemos que essa dinâmica afeta seus investimentos em renda variável.

Listo abaixo ações de empresas brasileiras que têm mostrado uma grande volatilidade recente e que mais perdem com a alta do trigo devido à escalada bélica da Rússia contra a Ucrânia.

Veja algumas ações para ficar de olho:

1) Ambev (SA:ABEV3)

A Ambev (ABEV3) possui uma parcela significativa de custos de produção associado em commodities, como alumínio, milho, trigo e açúcar.

De acordo com a nossa analista, o volume total da indústria cervejeira subiu somente +8,8 por cento de 2020 para 2021 e o aumento de custos eleva a dificuldade da companhia em ter resultados expressivos. Vale ressaltar que a Ambev vem enfrentando um movimento de competição com players menores, o que dificulta mais ainda o repasse de preço sem perder espaço no mercado.

O investidor deve monitorar se, ao longo deste ano, a companhia conseguirá crescer de maneira significativa, dado que já vem apresentando pouco crescimento, e com repasses do aumento de custos.

2) M.Dias Branco

A atividade econômica desenvolvida pela M.Dias Branco (MDIA3 (SA:MDIA3)) se concentra na produção e comercialização de produtos do segmento alimentício. Assim, a principal matéria-prima da companhia é o trigo, seguida pelos óleos vegetais, que participam com grande relevância na formação dos custos variáveis.

Nossa analista destaca que todas as matérias-primas, incluindo o trigo, a farinha de trigo, o óleo vegetal, a gordura e o açúcar, contribuem com 60,1 por cento dos custos dos produtos da M. Dias vendidos na média. A título de comparação, somente o trigo representou cerca de 45 por cento dos custos da companhia em 2020.

Inclusive, a M.Dias cita em seus documentos os possíveis riscos advindos de sequenciais crises da Ucrânia, importante país produtor de trigo, que acontecem desde 2013 e que afetam as volatilidades da commodity. Apesar de M.Dias ter a prática de estocar cerca de 2-4 meses de consumo, externalidades como uma guerra e consequentes impactos na exportação de trigo podem perdurar e prejudicar diretamente seus estoques e seus resultados.

3) BRF

A exportação de carne da Ucrânia representa 10 por cento do volume no Brasil e do que é comercializado globalmente. Além disso, 34 por cento do trigo e 15 por cento do milho partem do Mar Negro.

A relevância? Cerca de 65-75 por cento dos custos de produção de frangos são associados ao milho, enquanto nos suínos essa relação está entre 60-70 por cento, e na pecuária intensiva entre 20-30 por cento. Assim, o negócio da BRF (BRFS3 (SA:BRFS3)) é amplamente dependente do custo e fornecimento de milho e soja (principais matérias-primas e base de alimentos para criação de suínos e aves).

Nossa analista considera que a empresa pode ter dificuldade para repassar o aumento de custos em 2022. Em 2021, por exemplo, com os impactos da pandemia, o Ebitda havia crescido apenas +7,2 por cento e, agora, os próximos resultados serão impactados pelos novos agravamentos da guerra no Leste Europeu.

4) JBS

A mesma lógica se aplica à JBS (JBSS3 (SA:JBSS3)). Já em 2021, os custos pela alta das commodities impactaram a companhia em +20 por cento, movimento que deve se estender em 2022 em consequência dos conflitos atuais. Por outro lado, entendemos que a JBS tem um benefício de diversificação de linhas de negócio (Brasil e EUA) que absorve os repasses de preços de formas distintas, além de recentes aquisições que devem contribuir nos resultados.

5) Minerva (SA:BEEF3)

Ainda no segmento de carnes, o analista Fabiano Vaz comenta que a alta do trigo tem impacto menor para Minerva (BEEF3), porém a alta do milho, que faz parte das rações para animais que são usadas principalmente na estiagem, pode impactar nas operações. O preço do animal para a companhia pode subir, mas como a demanda por carne está aquecida e a oferta restrita, o impacto na margem pode não ser tão grande assim.

6) Camil (SA:CAML3)

Por último, a analista Danielle Lopes cita a Camil (CAML3), que adquiriu a Santa Amália para iniciar seus negócios nos segmentos de massa, e que são altamente dependentes de trigo. Porém, como o volume ainda é pequeno, o impacto será menor. Para Danielle, os maiores volumes se concentram em grãos (arroz e feijão), o que já mostra a dependência natural da companhia em exposição aos preços das commodities.

Como vemos, a maior impactada pela alta do trigo é a M.Dias. Entretanto, vale destacar que, de maneira geral, as empresas citadas anteriormente possuem um risco natural, inerente aos negócios, devido à exposição às commodities. Por mais que tentem achar formas de proteções contra os preços, a alta das commodities impacta nos resultados. Ou seja, são negócios que já têm um certo risco e agora com a guerra na Ucrânia a situação deve se agravar.

Se nós pudéssemos dar um conselho a você, diríamos para não investir nessas ações enquanto elas ainda não apresentarem um grande potencial de crescimento e de maneira sustentável. E isso não envolve apenas os conflitos atuais, mas a dificuldade das companhias acima entregarem resultados perenes nos últimos anos.

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andre luis fernandes
andre luis fernandes 15.05.2022 11:17
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o trigo já está nas alturas a vários meses,mesmo com preços mais caros os preços são repassados e o volume de vendas e lucro só tem aumentado
Leocir Luiz Rosa
Leocir Luiz Rosa 02.04.2022 10:49
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Objetiva, cirúrgica e prática. Ótimas observações, parabéns!
Edinaldo Camargo
Edinaldo Camargo 24.03.2022 20:02
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Ótima análise. Muito didática. Parabéns...
Angelo Correa
Angelo Correa 24.03.2022 18:28
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boa análise
Vinicius Uem
Vinicius Uem 24.03.2022 17:34
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Boa análise Danielle. Útil. Me fez entender o motivo de algumas tendências de baixa que não estavam se encaixando no meu entendimento.
Douglas Gonçalves
Douglas Gonçalves 24.03.2022 17:32
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nossa pelo menos 1 artigo decente aqui
Douglas Gonçalves
Douglas Gonçalves 24.03.2022 17:32
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Sergio Pacheco
Sergio Pacheco 24.03.2022 17:29
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Excepcional análise!!!
Sergio Pacheco
Sergio Pacheco 24.03.2022 17:29
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Excepcional análise!!!
Michel Cristiano
Michel Cristiano 24.03.2022 17:26
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muito bom esse artigo
Albuquerque Tomaz
Albuquerque Tomaz 24.03.2022 17:22
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