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+63% em 4 Meses com o Dólar (na Bolsa)

Publicado 27.05.2015, 16:49

Melhor do que Coristina

A quarta-feira é mais amena para os mercados, embora não chegue a ser positiva.

Após seguidas derrotas no Congresso, o ministro Joaquim Levy comemora a aprovação da MP 665, que restringe regras de acesso ao seguro-desemprego.

Entre trancos e barrancos do ajuste fiscal, o ministro enfim encontra um antigripal para sair do estaleiro.

Enquanto Levy dormia…

…Nelson Barbosa (Planejamento) e Mercadante (Casa Civil) se reúnem.

No quadro pós gripe, apresentaria Levy sintomas de orelha quente e vermelha? Torçamos para que não.

A vitória da ortodoxia sobre a nova matriz econômica deve ser definitiva, e não mera contenção de incêndio para evitar a perda do investment grade.

Refluxo gastroesofágico

Segundo a faculdade de medicina do Wikipedia, o refluxo gastroesofágico é a doença digestiva em que os ácidos presentes dentro do estômago voltam pelo esôfago ao invés de seguir o fluxo normal da digestão.

Esse problema de refluxo tem preocupado mais o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, embora também tire o sono de Levy, entre outros…

O fluxo cambial ficou negativo em US$ 796 milhões em maio (até o dia 22), com saída líquida de US$ 2,5 bilhões do país. No acumulado de 2015, o déficit cambial é de US$ 32 bilhões.

O dólar sobe pela quinta sessão consecutiva, atingindo a máxima de dois meses, flertando com R$ 3,20.

E não parece haver antídoto para este refluxo. Pelo contrário, os fatores agravantes se multiplicam. Desde as dificuldades do ajuste fiscal, ao cenário externo, às contas externas brasileiras.

A doutora Janet Yellen já passou a sua estimativa de vida remanescente: o aumento de juros nos EUA virá até o final do ano.

Por aqui, o Bacen tem poucas alternativas para a extrema-unção do enfermo Real.

O governo que socorre

Depois das distribuidoras, pode ter chegado a vez das geradoras de energia serem socorridas pelo governo.

Ainda não há nada definido oficialmente, mas a Aneel decidiu abrir audiência pública em 28 de maio para discutir o salvamento financeiro das geradoras.

A ideia é fazer uma proposta para as perdas financeiras que vêm sendo acumuladas, dada a produção de energia abaixo dos volumes definidos. A primeira alternativa é tomar empréstimo com bancos.

Caso o tamanho da dívida não permita essa solução, serão avaliadas outras três alternativas, onde o consumidor atuará como credor:

(i) com intermédio do governo, este tomando financiamento com bancos para ampliar as fontes de geração;

(ii) propor às geradoras deixarem de comercializar montantes de energia muito próximos a sua garantia física (assim, deixariam de ganhar em outros momentos mais otimistas para o setor);

(iii) uso de recursos das distribuidoras, o que geraria um pequeno aumento nas contas entre 2016-2017.

No fundo, você chegou a pensar que alguém (que não fosse você) pagaria esta conta?

O governo que manobra (pedala)

Os correios encontraram uma brecha para tornar lucro o que seria o seu pior resultado desde 1995.

Segundo apurou o Valor Econômico, mudança contábil de última hora evitará o que seria o primeiro balanço vermelho da instituição em quase duas décadas.

O Conselho dos Correios reverteu uma provisão bilionária para cobrir eventuais necessidades relativas ao rombo do fundo de pensão Postalis.

Aquele mesmo… que entre investimentos em bancos liquidados, como Cruzeiro do Sul e BVA, e títulos de dívida de países como Argentina e Venezuela, sofreu um rombo da ordem de R$ 5,6 bilhões.

Retrato da total subjetividade da última linha dos resultados (lucro líquido), o evento também dá uma amostra do tamanho da ingerência política sobre as instituições.

A propósito, dos seis conselheiros dos Correios que votaram a manobra fiscal, apenas um foi contrário… Marcos César Alves Silva, representante dos trabalhadores, curiosamente o único membro do colegiado que não foi indicado pelo governo.

O sistema que incentiva

Há um elemento de pressão comum entre Correios, Caixa, Petrobras e Eletrobrás: a ingerência política.

Uso político e manobras fiscais no balanço dos Correios, atrasos de repasse dos programas sociais para a Caixa, política de preços com defasagem consentida (entre muitos outros…) na Petrobras…

… renovação antecipada das concessões, lesando Eletrobras em cerca de R$ 25 bilhões (pedido de indenização de Eletrobras ao governo).

Mas esta quarta-feira, porém, é histórica.

A CVM condenou a União por conflito de interesses no caso da renovação das concessões da Eletrobras aplicando ao governo a sua punição máxima: multa de R$ 500 mil.

Haveria incentivo maior do que este?

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