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A estratégia de investimentos do trilionário fundo soberano da Noruega

Publicado 24.05.2023, 10:05
Atualizado 09.07.2023, 07:32

A Noruega é um país pequeno, com uma população de cerca de 5,4 milhões de habitantes. Entretanto, possui o maior fundo soberano do planeta, o Government Pension Fund Global, também conhecido como Oil Fund.

Os fundos soberanos são estabelecidos com a finalidade de investir recursos financeiros em nome do país. A principal fonte de entrada, geralmente, provém da venda e royalties da exploração de recursos minerais e petróleo

Em 1969, a Noruega encontrou uma enorme quantidade de petróleo no mar do norte. Como as commodities são cíclicas e os recursos esgotarão em algum momento, o parlamento criou a lei que estabeleceu o fundo de pensão do governo em 1990 — que tem como objetivo gerir os lucros gerados pelo petróleo e gás garantindo o desenvolvimento econômico atual e das futuras gerações. O Norges Bank Investiment Management é o responsável pela gestão da carteira.

A primeira transferência para o fundo ocorreu em 1996. O montante acumulado, até o final de 2022, chegou a incrível cifra de 1,262 trilhões de dólares.

Fonte: Norges Bank Investiment Management 

Portfólio

O benchmark do fundo é composto por 70% de ações globais e 30% de renda fixa global, podendo desviar em até 2% antes de ser rebalanceado.

O Government Pension Fund tem participação em mais de 9.000 companhias ao redor do globo, divididas em diferentes países, moedas e setores. Grandes empresas, incluindo Apple (NASDAQ:AAPL), Microsoft (NASDAQ:MSFT), Amazon (NASDAQ:AMZN), Google (NASDAQ:GOOGL), Shell (NYSE:SHEL), Taiwan Semiconductor (NYSE:TSM), Nestlé (SIX:NESN)e Samsung (KS:005930), fazem parte do portfólio. Em média, o fundo detém 1,5% de quase todas as empresas listadas no mundo. 

Fonte: Norges Bank Investiment Management

Mais de cento e vinte ações brasileiras estão presentes na sua composição de renda variável, dentre elas: Ambev (BVMF:ABEV3), Azul (BVMF:AZUL4), B3 (BVMF:B3SA3), Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), Bradesco (BVMF:BBDC4), Braskem (BVMF:BRKM5), Itaú (BVMF:ITUB4), Itaúsa (BVMF:ITSA4), Magazine Luiza (BVMF:MGLU3), Petrobras (BVMF:PETR4) e Weg (BVMF:WEGE3). A Vale (BVMF:VALE3) e a Eletrobras (BVMF:ELET3) foram excluídas da carteira de investimentos por decisão do conselho de ética em 2020, pois foram apontados problemas relacionados ao meio ambiente e aos direitos humanos. 

Atualmente, o fundo soberano norueguês tem exposição em 9.228 empresas de 63 países e em 1.430 títulos, públicos e privados, de dívidas de 48 países. 

O regulamento também permite o investimento de até 7% do fundo em imóveis não listados e até 2% pode ser alocado em projetos de infraestrutura para energia renovável. 

Estratégia

O motivo da ampla exposição ao mercado internacional é diversificar a carteira e reduzir o risco. Investir em ativos no exterior possibilita a diversificação, assim como o investimento em setores diferentes da economia. O fundo possui ações e títulos em variadas geografias, sendo majoritariamente alocado em empresas de capital aberto. O intuito é ter uma exposição que possibilite a criação de valor com o crescimento global.

O fundo gerou um retorno anualizado de 5,7% ao ano de 1998 até o último dia do ano passado. O retorno líquido real foi de 3,5%, ou seja, deduzida a inflação e os custos de gestão. O desempenho do período foi 0,3% superior ao índice de referência.

Uma das mais fundamentais conclusões da teoria financeira é que os investidores devem procurar diversificar seus investimentos dentro de uma classe de ativo e entre classes de ativos para obter o melhor retorno em relação a um risco específico. É o que faz o gigante fundo soberano.

Lições

É comum que muitas pessoas associem o investimento em ações com alto risco e volatilidade, o que pode não atrair investidores de perfil mais conservador em um primeiro momento. Contudo, é possível manter um sólido portfólio de investimentos com a divisão adequada entre renda fixa e variável, sendo pautado em diversificação e horizonte de longo prazo. Dessa forma, é viável buscar uma boa rentabilidade, acima da inflação, sem se expor a riscos excessivos.

Como abordado por Jeremy Siegel: “ninguém nega que, no curto prazo, as ações são mais arriscadas do que os ativos de renda fixa. Contudo, no longo prazo, a história demonstra que as ações, na verdade, são mais seguras do que os títulos para investidores cujo objetivo é preservar o poder aquisitivo de sua riqueza”. As ações são direitos sobre ativos reais. O setor produtivo, ao longo do tempo, consegue repassar custos, aumentar a produtividade e elevar o lucro por ação.

Outro ponto importante é ter uma meta realista para a taxa de retorno do investimento. Embora muitos investidores almejem taxas elevadas – como 10% ou 15% ao ano, ou até mais – essa expectativa é difícil de alcançar de forma consistente, quando considerada a rentabilidade real, ou seja, já descontada a inflação. 

Para investimentos de longo prazo em ações globais, uma meta factível pode ser entre 5% e 6% ao ano acima da inflação. Já para a renda fixa global, a meta pode ser de 2,5% a 3% ao ano, garantindo a paridade do poder de compra. Isso, claro, dependerá dos objetivos da alocação, da escolha dos ativos e outros fatores. 

Com uma estratégia financeira bem elaborada e a disciplina necessária para cumpri-la, é possível alcançar resultados satisfatórios no futuro e conquistar a independência financeira ou garantir uma renda complementar na aposentadoria. 

Últimos comentários

É possível investir neste fundo, por meio de ETF que replique a carteira? Se sim, me parece uma boa forma de conseguir uma diversificação
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