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A Nova Ordem Mundial: Qual é o Melhor Investimento Visando o Longo Prazo?

Publicado 17.02.2021, 10:56

Em janeiro, me peguei pensando sobre como serão as coisas daqui a 30 anos.

Meu filho fez aniversário e ganhou um dinheirinho da família. Eu, como boa mãe financista, fui pensar em como alocar.

A primeira opção era a clássica e óbvia Poupança. Seria fácil e é a opção que 99 por cento dos pais usam. Mas fiquei pensando quanto essa poupança poderia render em 30 anos?

Imaginei uma Selic média de 5 por cento no período. A Poupança rende 70 por cento da Selic. Logo, se eu alocasse 1 real hoje, depois de 30 longos anos meu filho teria cerca de 2 reais e 80 centavos.

Fiquei pensando na cara que meu filho de 30 anos faria para mim sabendo que eu, com toda a minha trajetória de mercado, aloquei o dinheiro dele na Poupança. “Pô mãe, aí não dá... não dava pra colocar em bitcoin?”. Kkkk

Bom, a Poupança estaria fora de cogitação. Mas em qual ativo eu poderia alocar, que me desse chance de multiplicar o patrimônio do meu filho por várias vezes?

Esse tipo de pensamento te leva a imaginar como será o mundo daqui a 30 anos. Quais setores ainda vão existir? Quais não vão mais? Como as coisas serão feitas no futuro?

Por exemplo: será que teremos ainda carros movidos a gasolina? Será que ainda teremos carros? Será que eles serão autônomos?

Será que iremos morar na cidade? Será que o home office vai levar as pessoas de volta para o campo?

Como será o escoamento de produção no futuro? Ainda teremos investimentos pesados em infraestrutura?

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Tudo isso são perguntas muito importantes de pensar, mas incrivelmente difíceis de responder. Eu não tenho ideia de como será o mundo daqui a 30 anos. Se eu fosse tentar cravar uma previsão, certamente eu erraria.

Mas tem coisas que eu sei. E podemos trabalhar com isso.

A internet tomou a forma que nós conhecemos em 1992. Ou seja, ela ainda não tem nem 30 anos. Desde que ela foi criada, mudamos totalmente a forma de conectar as pessoas. Cartas praticamente não existem. E-mails foram criados e já estão quase em desuso. Telefone fixo só serve para receber chamadas de telemarketing. Hoje cada indivíduo possui seu próprio dispositivo móvel.

O mundo moderno é tecnológico. Ele se transforma extremamente rápido. Os grandes vencedores desse novo mundo terão que ser capazes de se transformar rapidamente também.

Eu não sei exatamente qual empresa sairá como grande vencedora dessa corrida. Por isso, quando eu penso em investimento para daqui a 30 anos, eu penso em um índice de ações. O bom dos índices é que eles fazem exatamente este trabalho de aumentar a participação das empresas que estão crescendo e reduzir a participação das empresas ruins. Se você comparar a composição da bolsa americana há 10 anos e hoje, verá uma diferença incrível. Essa é uma característica muito desejada para o prazo em questão.

O segundo ponto a se pensar é, claro, em qual índice investir. E, para isso, temos que pensar em qual país investir. Em um mundo globalizado como o nosso, o país que oferecer mais incentivos corretos para o setor produtivo terá maior chance de ter boas empresas.

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Olhando para a geografia atual, podemos excluir alguns países:

- A Europa em geral não é um lugar com cultura de tecnologia e inovação. Eles foram, por muito tempo, os campeões de indústrias importantes, que hoje estão perdendo espaço para outras tecnologias mais baratas. Além disso, eles se tornaram um grande bloco econômico, mas os países são tão heterogêneos entre si que a centralização das políticas acaba piorando a capacidade de cada país desenvolver políticas internas eficientes.

- América latina em geral, incluindo Brasil, também não tem cultura alguma de investimento em força de trabalho ou tecnologia. A região ainda é dominada pelo populismo, pela corrupção, baixo investimento e baixa produtividade. Somos fornecedores de commodities e mão de obra barata para o resto do mundo.

- A África está ainda bem atrasada, até mesmo se comparada ao Brasil. Questões sanitárias e humanitárias ainda os colocam bem atrasados em relação ao resto do mundo.

Aí chegam os países que realmente tem chance de combater e vencer nessa nova era: China e Estados Unidos. Esses países são conhecidos por possuírem excelência na educação e altos investimentos em tecnologia, ambas características extremamente importantes no contexto atual. Ter um mercado de trabalho qualificado faz toda a diferença se você pretende competir de igual para igual com os melhores do mundo.

Ambos me cheiram muito prósperos, mas eu pensei que precisava escolher apenas um. Então segui minha linha de raciocínio. Os EUA acabaram se perdendo um pouco na quantidade de estímulos pós-crise de 2008. A política monetária e fiscal extrapolaram o limite do amortecedor de crise para reivindicarem o papel de propulsores de crescimento. A compra de ativos valorizou o patrimônio de quem já era rico e aumentou a desigualdade social. A desigualdade vem gerando pressões por políticas sociais e de redistribuição. Biden, por exemplo, prometeu novos auxílios com aumento de carga tributária. É a bola de neve da má alocação de recursos.

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Enquanto tudo isso acontece nos EUA, os chineses, com seu planejamento centralizado, dão um show de eficiência. A China foi um dos países mais bem-sucedidos no controle da pandemia. Surpreenderam o mundo todo ao construírem um hospital em 10 dias. São capazes de direcionar rapidamente recursos de um setor para o outro. Investem em infraestrutura de uma forma quase mágica, criando cidades inteiras em poucos anos. É atualmente um dos únicos países que ainda tem um certo nível de crescimento.

Bom, depois de pensar tudo isso, acabei optando por investir o dinheiro do meu filho na China. Usei o ETF do MSCI China (NYSE:CNYA). Fiquei lembrando de todas as vezes que ouvi que teríamos uma nova ordem mundial, com a China sendo o país mais próspero e dono da nova moeda forte. Lembrei dos artigos do Ray Dalio. E assim decidi.

Não foi uma decisão fácil. Pensei muito na Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), e como as empresas americanas também tinham capacidade de revolucionar o mundo.

Não sei se o meu filho, quando tiver 30 anos de idade, vai ficar feliz com minhas decisões. Certamente sua felicidade vai depender do retorno gerado. Mas só de pensar nele com 20 anos acompanhando a cotação do ETF, já fico feliz.

Um dia vou contar para ele a história de como eu investi o dinheiro que ele ganhou quando fez seu primeiro aniversário. Educação financeira começa em casa!

Até a próxima!

Últimos comentários

Legal rever estes posts mais antigos. Essa indicação de MSCI China (Xina11) foi dada no topo do gráfico. Passaram-se quase dois anos e XINA11 derreteu mais de 50% em dólar !!! Fica a lição. Ninguém tem bola de cristal.
Musk é um Eike americano, não realizara 1/3 do que promete e irá perder muito dinheiro por isso. Bezos é o verdadeiro "todo poderoso", ele irá de fato dominar quase tudo...
Bitcoin. A criança nem trabalhará mais, só viverá de trades. kkkkk
será?
Tem como investir nesse ETF nos EUA?
Abra uma conta na avenue.us, transfere o dinheiro (igual uma TED feita aqui) e compra o ETF. Eh bem simples...
partindo deste princípio renda variável, no acerto vc é um gênio no contrário à resposta fica fácil é renda variável, o divertido é que vai levar apenas 30 anos para a resposta
Excelente conclusão, visto de hoje a melhor opção longe.
De qualquer forma você estará investindo na China pelo Brasil, ou seja, estará investindo em Real e não em dólar e sujeita as políticas no Brasil. Eu investiria na china sim como eu invisto, mas o detalhe que faz toda a diferença, invisto lá fora diretamente, em dólar e nada ligado a política populista do Brasil, que de uma hora pra outra poderá mudar leis e vc ficar presa a eles.
esqueci de dizer, invisto no etf KWEB
esse ETF vc compra na bolsa americana???
Talvez debênture RDVT 11 que indicou certa vez... né !?
Caramba! Li as preocupações da Marilia com atraso. Comprei 500 ações da AERI3 pro meu neto prá ele fazer o que bem entender daqui a 20 anos.
Os americanos ricos e com visão do futuro estão apostando há alguns anos na Ásia. Seja China, Singapura, Vietnã e outros.Com o ocidente em decadência, acredito que é um bom racional para investimentos visando o futuro.
Que isso minha linda Marília. Deixou de fora a VENUZUELA do nosso talentoso   Nicolás Maduro. Deixou de fora os nossos hermanos argentinos, com o nosso presidente Alberto Fernández e sua vice Cristina Kirchner. Veja: até criou o Imposto sobre Grandes Fortunas. Deixou de fora, NÃO ACREDITO, o BRASIL, que logo logo, depois do STF do Sapão Beiçola anular a condenação do LULALÁ, voltará o barbudo nos braços dos petistas e comunistas com o seu "LULA LIVRE". Marília, corrige esse seu texto aí
Sua conclusão foi temerária, esqueceu de calcular um fator que é mais importante que qualquer outro e faz da China uma aposta a longo prazo mais perigosa que até na África. A total ausência de respeito a lei e as regras.
Antônio, não vejo a China desobedecendo nenhuma regra, poderias explicitar melhor? Diga qual Lei ou regra comercial a China desrespeitou?
Ou seja, investiu na futura pobreza do lugar onde o filho vai viver. Daqui a 30 anos, o pivete vai ser mais um remediado no meio da pobreza.
Discordo. Pra min é a escolha mais sensata.
Ou seja, investiu na futura pobreza do lugar onde o filho vai viver.
Acertou demais, XINA11 é o ETF da vez!
So lembrando que o slogan da nova ordem mundial, postado no vídeo da ONU é "você não terá nada mas será feliz!!!"
Viva a Democracia, tudo demora uma eternidade para ser resolvido, tem congresso, tem STF, tem ANVISA, IBAMA, ANEL, ETC..., tudo para facilitar, para as coisas serem mais rápidas.
Sábias decisões. Parabéns 🙏
Escolha parece muito sensata dentro das nossas capacidades de prever. Geopolítica e economia global podem alterar dramaticamente estas previsões, mas a lógica está correta neste momento.
Criar filhor pra empreender é sim um desafio encantador, obproblema maior é quando precisamos criar um novo habito em nos para eles copiarem. Parabens Marilia, e que ele cresca com muita sabedoria financeira 👊🏼
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