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Na semana passada, discutimos amplamente a repercussão das surpresas inflacionárias no Brasil e nos EUA, além da repercussão sobre a dinâmica econômica e a postura das autoridades monetárias. Merece destaque, no entanto, o aumento das especulações em torno de uma possível desaceleração global. Isso relaciona-se, em grande parte, com o ciclo de aperto monetário do Federal Reserve (Fed). No entanto, choques na economia, derivados de fatores exógenos como a covid-19 ou a guerra na Ucrânia, também contribuem para o aumento dos riscos de desaceleração.
Os indicadores cíclicos nos EUA emitiram sinais de cautela nas últimas semanas. Especificamente os índices ISM, com amplo histórico e relação bem estabelecida com a atividade, evidenciam que novas encomendas estão em queda. Por outro lado, pesquisas de confiança do consumidor mostram receio crescente em relação ao futuro e preocupação elevada com a inflação.
Em todo caso, a atividade permanecerá sustentada no curto prazo, visto que a baixa taxa de desemprego favorece expansão do salário. Assim, por mais que o consumidor americano tenha receio em relação ao futuro, a sensação de aumento de renda garantirá que o consumo siga sustentado durante este ano. No entanto, é razoável supor que, na medida em que a economia desacelera, a disposição em consumir também seja reduzida.
Outro tipo de risco deriva do cenário de commodities. Preços de combustíveis seguem extremamente elevados e agora são acompanhados pela dinâmica de alimentos. Dado que os gastos com combustível e alimentação são razoavelmente inelásticos (isso é, tendem a variar menos do que a variação de preço), a renda disponível das famílias para outros itens de consumo acaba comprimida. Com isso, temos uma situação de aceleração de preços junto à contração econômica.
Somando-se ainda os impactos que a política de covid-zero da China tem sobre cadeias produtivas, é difícil enxergar um alívio imediato na inflação de bens.
O ponto fundamental dos dois elementos expostos acima é que tanto oferta como demanda pressionam a inflação para cima. Olhando para essa conjunção, os Bancos Centrais não têm alternativa que não desaquecer a demanda agregada de forma a reduzir a pressão de preços.
Uma parte desse movimento pode ser antecipada pelas condições financeiras. Esse é um índice que captura melhor as condições de crédito e financiamento da economia, por medir não somente a taxa de juros, mas vários canais por onde é repassada aos agentes. O índice do Chicago FED, por exemplo, saiu de um patamar próximo a -0,7 para -0,2. Isso, muito provavelmente, impactará em breve as projeções de crescimento da economia americana de 2023.
Assim, os riscos sobre uma desaceleração econômica mais significativa se acentuam. Para frente, seguiremos monitorando dados vindos dos EUA e da China para entender quão rápido e intenso esse episódio poderá ser, caso se concretize. De resto, desacelerações globais tendem a ter um impacto razoável sobre economias emergentes, o que sugere riscos ao nosso cenário de crescimento de curto e médio prazo.
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