Déficit primário do governo central fica abaixo do esperado em agosto com reforço de dividendos
A semana passada foi decisiva para os mercados globais. O Federal Reserve americano fez seu primeiro corte de juros desde dezembro de 2024, reduzindo a meta para 4,00-4,25%, medida que surpreendeu muitos analistas. A decisão foi justificada pelo enfraquecimento observado no mercado de trabalho.
Impactos imediatos
- As taxas fixas de hipoteca de 30 anos caíram para 6,39%, a menor desde outubro de 2024, estimulando fortemente o setor imobiliário.
- O índice PHLX Housing saltou 15% no trimestre, muito acima dos cerca de 7% do S&P 500 no mesmo período. Ações como DR Horton, KB Home e Toll Brothers foram alguns dos destaques do setor.
- A expectativa agora é que o Fed faça mais cortes ainda este ano — possivelmente em outubro e dezembro.
Rendimentos acumulados
No acumulado do ano, o S&P 500 já está com alta de mais de 13%, o Nasdaq ultrapassou 17%, e o Russell 2000 marca perto de 10%.
Ativos que mais sobressaíram
Nos EUA
- Setor de habitação foi líder claro de valorização.
- Ações de pequena capitalização (small caps) também se destacaram, beneficiadas por expectativas de juros mais baixos e melhora no apetite por risco.
- Exemplos relevantes: Nike, CrowdStrike tiveram ganhos expressivos diante do cenário favorável.
No Brasil
Entre os ativos brasileiros que mais subiram nesta semana, destacam-se:
Riscos e o que ficar de olho
- Embora o corte de juros tenha sido bem recebido, o Fed enfatizou que decisões futuras dependerão de dados econômicos — inflação persistente ou desaceleração inesperada podem frear os próximos cortes.
- No Brasil, o câmbio, políticas fiscais e incertezas regulatórias continuam sendo variáveis que podem pesar nos ganhos das ações, especialmente aquelas com grande parte da receita atrelada ao exterior ou fornecedores importados.
- Setores mais sensíveis a juros e crédito (como construção, habitação, varejo de bens duráveis) podem continuar a reagir melhor, mas a sustentabilidade dos lucros dependerá de custos de insumos e despesas operacionais.