Panorama Semanal de 21 a 25 de outubro*
O fim da tramitação da Reforma da Previdência foi o destaque da semana. O texto-base foi aprovado no Senado e estima-se que vá gerar uma economia de R$ 800 bilhões em 10 anos. As novas regras para a aposentadoria – como a idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres – devem entrar em vigor em novembro. A aprovação fez com que o Ibovespa batesse o recorde dos 107 mil pontos.
No STF, ocorreu o início da votação sobre prisão após a condenação em segunda instância. O placar está 4 votos a 3, a favor da prisão, mas especialistas acreditam que há uma tendência para mudar o padrão vigente. A votação será retomada em novembro. A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros, está em jogo.
Nas redes, seguem repercutindo os comentários e brigas entre a deputada Joice Hasselman e a família Bolsonaro. Segundo a parlamentar, há perfis falsos ligados ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
Para a embaixada do Brasil em Washington, Bolsonaro decidiu indicar Nestor Forster, após desistência de Eduardo Bolsonaro. O anúncio foi feito em viagem ao Oriente. Bolsonaro foi à China para estreitar laços comerciais e de negócios entre os dois países.
Em um ranking sobre facilidade de fazer negócios, o Doing Business, compilado pelo Banco Mundial, o Brasil caiu 15 posições, para o 124º lugar entre 190 países.
A inflação medida pelo IPCA-15 registrou alta de 0,09% em outubro, a menor taxa para o mês desde 1998. Ainda no horizonte econômico, foi divulgado o déficit das contas externas, de US$ 3,48 bilhões em setembro.
No Nordeste, ainda é uma incógnita a origem do óleo que há semanas atinge o litoral e as praias. Manifestantes protestaram no Planalto, questionando a atuação do ministro e a demora dos planos de contingência.
No exterior, impeachment nos Estados Unidos e manifestações populares em diversos países roubam a cena.
Nos EUA, ganham corpo as declarações de integrantes do governo corroborando a tese de que o presidente Donald Trump suspendeu ajuda militar à Ucrânia para pressionar o país a investigar o oponente Joe Biden. Republicanos questionam o trâmite na Câmara.
E o governo Trump abriu um inquérito criminal sobre a investigação que trata da influência russa nas eleições dos EUA.
No Chile, os protestos populares, com reações violentas, não cessam, mesmo após o anúncio de um pacote social pelo governo. Líbano, Arábia Saudita e Índia são outros países que enfrentam revoltas sociais.
Justin Trudeau ganhou a eleição no Canadá, mas perdeu a maioria absoluta. Na Bolívia, Evo Morales se proclamou vencedor, em atitude polêmica e questionável. Em Israel, o Benjamin Netanyahu não conseguiu maioria para formar um governo de coalizão. Caso Benny Gantz também não seja bem-sucedido nessa tarefa, Israel terá que realizar sua terceira eleição.
A solução para o Brexit continua incerta, aumentando o risco de uma saída sem acordo. O Parlamento britânico quer uma tramitação mais longa para a proposta (bem-recebida) do primeiro-ministro Boris Johnson – que fala em antecipar eleições para dezembro. No papel, a saída do Reino Unido do bloco europeu ocorreria até o dia 31 deste mês. Mas já há um pedido de adiamento para 31 de janeiro.
Em relação à Síria, Trump afirmou que o papel dos EUA no país está encerrado, a partir do momento que a Turquia concordou com um cessar-fogo permanente. Assim, os EUA suspenderam as sanções impostas à Turquia. A Rússia, assim, aumenta sua influência na região, anunciando, inclusive, um plano para o nordeste da Síria, área das ofensivas turcas às forças curdas.
No pregão desta quinta-feira, o Ibovespa recuou 0,52%, para 106.986 pontos. Apesar do bom humor em relação ao fim da tramitação da Reforma da Previdência, os investidores esperam agora uma nova agenda de reformas. Além disso, resultado de Vale (SA:VALE3) e Petrobras (SA:PETR4) também afetaram o indicador. O dólar comercial valorizou 0,28%, cotado a R$ 4,044.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.
*Dados atualizados até o dia 25/10, às 10h.